MP recebe representantes de Bebedouro para discutir situação do bairro

Publicado em 25/03/2019, às 14h16
Ascom MP-AL -

Ascom MP-AL

Promotores da Força-Tarefa do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL), receberam, nesta segunda-feira (25), moradores do complexo Bebedouro que, diante dos problemas detectados na região, seguindo a realidade do bairro do Pinheiro, apresentaram uma pauta de reivindicações, entre elas o fechamento de poços da Braskem. Os membros da comissão ministerial, indicados pelo procurador-geral de Justiça , Alfredo Gaspar de Mendonça Neto, para atuação nesses casos, deram explicações e se comprometeram em averiguar as demandas e adotar as medidas cabíveis.

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O presidente da comissão, promotor de Justiça José Antônio Malta Marques, avalia a reunião como extremamente proveitosa.

“Ouvimos as lideranças com suas pautas de reivindicações e a comissão se reunirá com o procurador-geral de Justiça para dar encaminhamento aos pedidos da comunidade, no sentido de inclui-los nas ações demandadas em favor do Pinheiro”, afirma Malta Marques.

Outro membro da Força-Tarefa, promotor de Justiça, promotor de Justiça Adriano Jorge, interagiu com os moradores e informou que alguns pedidos constam nas decisões já adotadas.

“Foi uma reunião solicitada hoje pelos moradores cobrando providências a exemplo de deslocamento, para onde irão em caso de emergência, fechamento dos poços da Braskem e também a suspensão do IPTU. A comissão vai averiguar as demandas e o que for de nossa atribuição faremos recomendação ao Município. No mais aguardaremos o laudo da CPRM para adotar as providências cabíveis”, ressalta o promotor Adriano Jorge.

Em relação ao IPTU, o promotor Adriano Jorge informou que já existe esse processo e, quanto, a exploração da empresa na região do Mutange, segundo o próprio Tales, geólogo da CPRM, não pode ser feita a suspensão no momento porque tal atitude elevar o nível do lençol freático.

O presidente da CEI da Câmara de Vereadores, vereador Francisco Sales, acompanhou a reunião entre o MPE/AL e a comissão de moradores.

“Os moradores estão adoecendo com esse pânico e os pronunciamentos agravam a situação. Nessas circunstâncias é preciso que todos se empenhem em prol do bem-estar da população”, afirma Francisco Sales.

O parlamentar informou que a CEI tem 120 dias para concluir os trabalhos e que estes foram iniciados há 10 dias.

Na reunião, os promotores ouviram o presidente da Associação dos Moradores da Gruta do Padre, José Ricardo Batista, o presidente da Famecal, Antônio Sabino, o presidente da Associação dos Moradores do Mutange, Arnaldo Manoel, o representante dos moradores do Pinheiro, José Dade da Paz Filho e a representante dos pais e alunos do Cepa, Daniella Vanessa. A preocupação dela é a situação na unidade escolar onde a filha dela estuda, já que foi informada que professores e coordenadores já abandonaram os seus postos.

As lideranças afirmaram que se sentem excluídos no plano para assistência à população que reside em áreas consideradas vermelhas ou de risco eminente.

“Até agora ninguém nos procurou ou demonstrou preocupação com os moradores do Mutange e já temos um problema antigo. Inclusive o ministério público já nos ouviu várias vezes sobre a questão da inexistência do saneamento básico e é quem nos atende sempre. O que queremos é que as autoridades nos enxerguem, da mesma forma que estão olhando para o bairro do Pinheiro porque a situação é semelhante”, afirma Antônio Sabino.

Reunião

A reunião ocorrida na manhã desta segunda-feira (25), no Caop, deu-se após contato do Gerenciamento de Crises da Polícia Militar que estava com moradores do Mutange, por volta das 6h20, em local programado para manifestação naquele bairro.

Imediatamente, o promotor José Antônio Malta Marques e outros membros da Força-Tarefa se dispuseram a receber os representantes do complexo Bebedouro, às 9h30.

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