Redação
Enquanto o vereador Ronaldo Luz realizava seu discurso de retratação na Câmara Municipal de Maceió na tarde desta terça-feira, 17, dezenas de pessoas se concentraram do lado de fora do local para protestar contra as declarações que classificaram a homossexualidade como doença durante sessão na última quarta-feira, 11.
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Com cartazes e faixas, as pessoas se concentraram na entrada da Câmara, no Centro de Maceió. “Alagoas não é a terra da intolerância. Não é a terra de pessoas como esse vereador que incitou o ódio e a violência contra a população LGBT”, afirmou Marcelo Nascimento, precursor do Movimento LGBT em Alagoas.
O vice-presidente do Conselho Municipal LGBT de Maceió, José Roberto, reforçou que as diferenças de gêneros não são tratadas como doença há 27 anos. “Esse é o entendimento da própria Organização Mundial da Saúde, desde 1990. Isso é uma construção que o próprio indivíduo tem durante construção da sua jornada de vida”, frisou.
Preocupada com a repercussão do discurso, a presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal), Maria Consuelo Correia, também participou do ato e reforçou a necessidade do respeito pela orientação sexuais de cada ser humano.
“É uma posição absurda, principalmente por ele ser um médico. Isso é um retrocesso histórico. As pessoas nascem diferentes e elas têm o nosso respeito. Como educadores, jamais podemos pensar diferente. Temos que trabalhar em sala de aula o respeito para acabar com essa intolerância”, pontuou.
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