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O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro, disse esperar que as prisões de suspeitos envolvidos no assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes "sejam mais um passo para a elucidação completa deste grave crime". Por meio de nota divulgada pela pasta, Moro indicou desejar que "todos os responsáveis sejam levados à Justiça".
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Na manhã de hoje, uma ação do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) em conjunto com a Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu o policial militar reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz. O crime completa um ano na próxima quinta-feira (14). Os advogados dos dois presos negaram que ambos tiveram participação no crime (veja abaixo).
Segundo o ministro, a PF (Polícia Federal) "tem contribuído e continuará contribuindo com todos os recursos necessários para a continuidade das investigações do crime e das tentativas de obstrui-las".
Em fevereiro, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão para investigar "possíveis ações que estariam sendo praticadas com o intuito de obstaculizar as investigações".
A PF começou sua apuração sobre o caso em novembro de 2018, depois de receber denúncias de que agentes do Estado teriam agido para prejudicar as investigações do caso, a cargo da Delegacia de Homicídios da capital, da Polícia Civil.
A entrada da PF no caso havia sido determinada pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge.
OUTRO LADO
A defesa de Queiroz explicou que o ex-PM sequer estava no local do crime no dia. "Tenho certeza que não há foto dele no carro, nem muito menos gravação dele neste dia. Tenho certeza que a vítima que sobreviveu não vai reconhecer o meu cliente", explicou o advogado Luiz Carlos Azenha.
Ele classificou de "trapalhada" a medida do MP e da Polícia Civil. "Trata-se mais uma vez de outra trapalhada da Polícia Judiciária com todo respeito à gloriosa Polícia Civil, mas nós já vimos que esse procedimento criminal, persecução penal, vem de outras trapalhadas", disse.
O advogado Fernando Santana, responsável pela defesa de Lessa, também destacou a inocência do seu cliente. "Tive contato com ele muito rápido, mas ele nega que tenha cometido qualquer tipo de assassinato. Vou ter acesso ao inquérito, pois até agora não tive - primeiro está em segredo de Justiça, mas agora já peticionamos para poder termos ideia de como chegaram na prisão do Ronnie Lessa", afirmou.
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