Teresa Cristina
“Favela de luto. Morador que quiser ouvir seu som, ouça seu som moderadamente. Nós tá cheio de ódio do estado”. Estes são alguns dos “recados” que moradores da Comunidade Nordeste da Amaralina, localizada em Salvador (BA), receberam após a morte do traficante Rafael Assis Amaro do Nascimento. Fadiga, como era mais conhecido um dos líderes do comando vermelho na Bahia, foi morto na última sexta-feira (10), em Maceió, durante confronto com agentes da Polícia Civil de Alagoas.
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As mensagens foram enviadas a moradores da comunidade e postadas em perfis nas redes sociais. Os “recados” tinham emojis de bandeiras vermelha (alusão ao Comando Vermelho) e pretas (luto pela morte de Fadiga). O grupo também ordenou o fechamento do comércio local em razão do luto.
A Comunidade Nordeste da Amaralina, localizada em uma região central da capital baiana, é considerada o coração do Comando Vermelho na Bahia. Foi lá, que Fadiga nasceu e assumiu o comando da facção.
Operação - A operação que resultou na morte de Fadiga aconteceu no bairro Cidade Universitária na manhã do dia 10 de janeiro. Fadiga estava escondido em Maceió e usava um nome falso, de acordo com a Divisão Especial de Investigações e Capturas (Deic) da Polícia Civil de Alagoas. Ele foi morto no bairro Cidade Universitária.
O confronto com agentes do Tigre aconteceu durante o cumprimento de dois mandados de prisões em aberto, por homicídio e tráfico de drogas, contra Rafael Assis. Fadiga foi socorrido ao Hospital Geral do Estado (HGE), no Trapiche da Barra, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Suspeito de matar seguranças do Harmonia do Samba - Além de líder do tráfico, Fadiga foi apontado pela polícia como responsável por diversos homicídios na região Nordeste, a exemplo da morte de três seguranças da Banda Harmonia do Samba. Erivaldo Rocha dos Santos, Geraldo Mota Cunha e Márcio Rogério Bandeira foram assassinados em 2017, como retaliação após expulsarem outro traficante do evento "Melhor Segunda-feira do Mundo", em Salvador.
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