Moradores de bairros afetados por rachaduras fazem manifestações em frente a emissoras de TV

Publicado em 04/04/2023, às 12h06
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Gabriel Amorim*

Buscando maior assistência e apoio dos órgãos públicos, moradores de áreas afetadas pelo afundamento do solo por conta da extração de sal-gema pela Braskem, realizaram manifestações na manhã desta terça-feira, 04, em frente a veículos de comunicação. 

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O grupo, organizado pelo movimento  "SOS pelos Nossos Direitos" esteve no bairro do Farol, onde divulgou suas reivindicações na porta da TV Pajuçara, emissora afiliada da Record TV em Alagoas, no bairro do Farol, onde divulgaram suas pautas de reivindicações, entre elas a aprovação de projeto de lei que destinaria 50% dos valores recebidos pelo município em acordos de indenização com a mineradora, deverá ser usado para compensação financeira dos proprietários e moradores dos imóveis desocupados. O projeto chegou a ser aprovado por unanimidade na Câmara Municipal, mas acabou sendo vetado pelo poder executivo. Eles também se queixam de altas taxas cobradas pela BRK, responsável pelo abastecimento d'água.

Em entrevista ao TNH1, Marcelo Alves explicou a importância do projeto de lei encaminhado à Assembleia Legislativa de Alagoas, que teria sido vetado pelo Poder Executivo do município e agora está sob análise de uma comissão interna. Segundo ele, os valores destinados pela mineradora à Prefeitura de Maceió deveriam ser repassados, em parte, aos moradores atingidos. 

“Foi aprovado por 25 vereadores e após ter chegado na prefeitura foi vetado. Caso ele não seja aprovado, a gente quer o consenso entre o Poder Executivo e a Assembleia para que parte desse valor seja repassado a população através do Fundo de Amparo ao Trabalhador.”

Emocionada, Maria Correia - moradora que precisou sair às pressas do bairro em que vivia -, desabafou sobre a difícil situação em que se encontra. Sem dinheiro para construir o salão de beleza que tinha no Bebedouro, ela relata que a indenização dada não foi suficiente para reparar os danos sofridos.

“Eu tinha um salão e a indenização que me pagaram pela minha casa não foi suficiente para eu manter. Não tive como reerguer e perdi os meus clientes. Muito difícil manter a vida assim”, relatou Maria.

Reunião com a Defensoria - Ao mesmo tempo que aguardam a aprovação do projeto de lei, os moradores aguardam uma reunião com a Defensoria Pública de Alagoas para solicitar os mesmos direitos passados aos moradores do Flexal, interior alagoano. Os direitos se referem ao acordo firmado pelos ministérios públicos Estadual e Federal e a Defensoria Pública da União com a Braskem e a Prefeitura de Maceió, o qual  propôs uma nova dinâmica urbana e um valor de indenização.

“A BRK vem cobrando valores absurdos na taxas”, relatou um dos moradores no local do protesto.

A reportagem do TNH1 entrou em contato com as assessorias de comunicação da Defensoria Pública de Alagoas e a BRK Ambiental. Assim que possuir um posicionamento, a matéria será atualizada.

*Estagiário sob supervisão.

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