Menor que assassinou a família diz que gostava da irmã e só a matou para conseguir matar a mãe

Publicado em 22/05/2024, às 10h30
Os corpos dos pais e da irmã foram encontrados dentro da própria casa | Crédito: Facebook / Reprodução -

Gabriel Amorim*

O recente caso de parricídio que aconteceu na Vila Jaguara, na Zona Oeste de São Paulo, chocou o país. Em depoimento à polícia, o adolescente de 16 anos apreendido confessou que gostava da irmã, mas que precisou atirar nela para que o plano de matar a mãe não falhasse.

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Os pais do menor - Isac Tavares Santos, de 57 anos, e Solange Aparecida Gomes, de 50 - e a irmã - Letícia Gomes Santos, de 16 - foram encontrados mortos dentro da própria casa. Eles foram mortos na sexta-feira (17) e o menor foi apreendido na madrugada da última segunda (20) após confessar à polícia.

De acordo com a polícia, o adolescente decidiu matar a família após os pais terem o proibido de ter acesso ao celular e ao computador na quinta (16). Ele ainda relatou que foi chamado de “vagabundo”.

O primeiro familiar foi morto às 13h. Conforme relatou à polícia, o menor pegou a arma do pai, que era da Guarda Civil Municipal de Jundiaí, e atirou contra o agente na região da nuca,  quando ele estava na cozinha e de costas.

Após o disparo, a irmã - que estava no primeiro andar - deu um grito e ficou sem entender o que havia ocorrido. O menor foi até ela e atirou contra o seu rosto.

Ele relatou que não tinha problemas com a irmã, mas como já sabia que tinha a intenção de matar a mãe e que ela só chegaria na residência depois de seis horas, o adolescente falou que matou para que a irmã não impedir o crime, já que não iria conseguir manter ela em cativeiro.

"Ele fala que deu um tiro na nuca do pai. Aí a irmã ouviu o disparo, e ele acessou o primeiro andar e efetuou um disparo no rosto da irmã. Aguardou a mãe chegar. A mãe chegou, e ele fez mais um disparo. Acertou a mãe. No dia seguinte, ele ainda pegou a faca e ainda esfaqueou a mãe porque ainda sentia raiva", afirmou o delegado ao g1 SP.

Adolescente ficou espantado ao saber da detenção - O delegado Roberto Afonso disse que o adolescente de 16 anos demonstrou um comportamento "frio", mas que ficou "espantando" ao ser informado que seria detido e levado para a Fundação Casa, em São Paulo

Adolescente estava "tranquilo" no momento da detenção e não demonstrou sentir "remorso". "Ele relatou com tranquilidade o que houve. É difícil para a gente imaginar que você mata os seus pais e tem [toda] essa tranquilidade para falar", declarou o delegado em coletiva de imprensa nesta terça-feira (21).

*Estagiário sob supervisão

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