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O líder religioso Kléber Aran, conhecido como Mesttre Aran, que diz realizar tratamentos espirituais por meio da incorporação do espírito do médico alemão Dr. Adolph Fritz, foi preso em Salvador, na Bahia, quase um mês depois de publicar nas redes sociais que atenderia em Maceió. Ele foi detido nesse fim de semana depois de denúncias de abuso e violência sexual.
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Em postagem no Facebook, em 12 de outubro, o médium destacou que os "atendimentos do Dr. Fritz" seriam realizados no bairro de Serraria, em Maceió. O líder religioso divulgava serviços ao público com tratamentos através do espírito do Dr. Fritz, que segundo ele, trabalha há mais de 80 anos trazendo cura para a população. Adolph Fritz morreu durante a primeira guerra mundial.
"Os tratamentos e cirurgias espirituais com o Dr Fritz irão acontecer nos dias 19 e 20 de outubro. Sábado às 10hs da manhã e domingo às 10hs e às 18hs. Para agendar, manda os nomes das pessoas que irão e qual data e horário pretende ir", mostra trecho da publicação que também forneceu um número de contato de WhatsApp.
Até o momento, não houve registro de denúncias de crimes contra o líder religioso em Maceió. A polícia reforça que, caso alguma pessoa tenha sido vítima, deve formalizar o boletim de ocorrência na delegacia mais próxima.
Kléber Aran é acusado de aproveitar da fragilidade de vítimas durante os tratamentos para cometer crimes de importunação, abuso e violação sexual. Ele era um dos líderes do templo de Amor Supremo.
Acusação
O médium é acusado de praticar violação sexual mediante fraude, lesão corporal e assédio sexual contra várias mulheres. As vítimas das violações narraram ao MP que ele exercia forte influência sobre mulheres do seu centro religioso. Elas eram levadas para participar de rituais supostamente religiosos, mas narraram ao MP que esses encontros serviam para “satisfação dos seus desejos libertinos”.
Segundo as vítimas, ele garantia o silêncio delas por meio de ameaças à integridade física e mental.
Durante as investigações, as mulheres apresentaram ao MP arquivos de áudio extraídos de conversas de aplicativo de mensagens. Após os abusos, segundo o MP, o médium submetia as mulheres a “situações de humilhação e subserviência, permeadas por forte violência espiritual, psicológica, sexual e até financeira”.
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