Saúde

Médico do Samu Alagoas orienta sobre a prevenção de quedas para evitar fraturas

| 03/09/24 - 18h09
| Foto: Carla Cleto/Ascom Sesau AL

As quedas de crianças, adolescentes e idosos são eventos comuns, mas as consequências podem ser graves, especialmente quando resultam em fraturas. O alerta é do médico ortopedista e socorrista do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de Alagoas (Samu/AL), Jones Monte, que enumera uma série de medidas a serem adotadas para evitar estes acidentes que podem causar sequelas ou, dependendo da gravidade, levar à morte.

“A prevenção desses acidentes passa por cuidados como a instalação de corrimãos em escadas, o uso de tapetes antiderrapantes e a supervisão constante de crianças e idosos em ambientes propícios a quedas, bem como, a adoção de medidas para que os espaços das residências estejam sempre bem iluminados. Deste modo, adotando estas medidas simples, podemos evitar as quedas e as fraturas, que podem levar à necessidade de internação e, dependendo da situação, levar a realização de procedimentos cirúrgicos, acompanhados de reabilitação com fisioterapia”, salientou Jones Monte.

Conforme estatísticas apresentadas pelo Samu Alagoas, no período de janeiro a agosto deste ano, o órgão realizou 1.141 atendimentos a vítimas que sofreram quedas e fraturas. Um número considerado alto e que preocupa as autoridades de saúde pública, uma vez que as fraturas expostas de braço, antebraço, mão, pé, clavícula, punho e, mais gravemente, de coluna, exigem cuidados imediatos e especializados, visando minimizar o impacto na qualidade de vida das vítimas.

De acordo com o médico ortopedista, a fratura exposta, onde o osso perfura a pele, requer atenção médica urgente para evitar infecções. “Fraturas em regiões como braço, antebraço, mão e pé podem limitar, significativamente, as atividades diárias, especialmente em crianças, que estão em fase de desenvolvimento, bem como, nos idosos, que já possuem ossos mais frágeis. A fratura de clavícula, comum em quedas com impacto no ombro, também demanda cuidados para garantir a correta recuperação e evitar sequelas”, pontuou o especialista.

Jones Monte afirmou que as fraturas de punho, por serem comuns em quedas em que a vítima tenta amortecer o impacto com as mãos, também são preocupantes. No entanto, ainda de acordo com ele, a fratura de coluna é a mais grave, podendo resultar em paralisia parcial ou total, dependendo da região afetada.

E se o acidente ocorrer?

O médico destacou que, após a ocorrência de um acidente, é essencial imobilizar a área afetada e buscar ajuda médica imediata. “No caso de fraturas, a rapidez no atendimento é crucial para evitar complicações como infecções em fraturas expostas ou danos permanentes em fraturas de coluna”, explicou, salientando que a imobilização correta e o uso de medicamentos para controle da dor são essenciais para amenizar o sofrimento.

E caso a situação seja grave, o Samu Alagoas deve ser acionado por meio do telefone 192. Uma equipe de socorristas pode ser encaminhada ao local da ocorrência, visando prestar socorro à vítima. Nestes casos, o atendimento é feito por meio da imobilização adequadamente e encaminhamento do paciente até uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) ou para o HGE (Hospital Geral do Estado), dependendo da gravidade apresentada, já que a vítima pode ter sido acometida por outros problemas durante a queda, como uma pancada na cabeça, por exemplo.

Jones Monte informou que no caso de fratura no punho, é necessário imobilizar a área afetada com uma tala ou suporte improvisado e manter o braço elevado para reduzir o inchaço. É importante, também, evitar movimentar o punho e procurar atendimento médico imediato para avaliação e tratamento adequados.

Ele afirmou, também, que em caso de fratura da bacia, que é extremamente dolorosa e pode comprometer a mobilidade, o ideal é não mover a pessoa acidentada. “É preciso imobilizar o corpo na posição mais confortável possível e acionar o Samu Alagoas rapidamente através do telefone 192. Evitar movimentação desnecessária é essencial para prevenir complicações graves futuras”, recomendou o especialista em ortopedia.