MEC apresenta currículo único para educação básica do País

Publicado em 16/09/2015, às 11h43
-

Redação


Considerado um desafio para o avanço educacional no País, o currículo nacional único para o ensino básico será apresentado nesta quarta-feira, 16, pelo Ministério da Educação em versão preliminar. Os objetivos de aprendizagem serão divididos segundo o contexto de experiências do aluno - de abordagem mais lúdica, nos primeiros anos, até conceitos mais abstratos, no fim do ensino médio. A linguagem do texto não é estritamente técnica, o que facilita o acompanhamento por professores e até pais. 


A ideia é trazer objetivos de aprendizagem para todas as etapas e matérias, sem dizer como ensinar, segundo redatores do texto ouvidos pelo Estado. Além de introdução, em que são listados 12 direitos gerais de aprendizagem, o documento é estruturado em quatro áreas.


A divisão é por Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas, já prevista em leis educacionais e usada no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Cada área se desdobra em disciplinas, como Artes ou Química. 


A diversidade sexual e de gênero, polêmica nos planos estaduais e municipais de educação, aparece no ensino de ética, direitos humanos e cidadania, transversais nas disciplinas.


"Toda vez em que houve necessidade de referência a isso, foi efetivamente feita", diz Hilda Micarello, docente da Federal de Juiz de Fora (UFJF) que coordenou o grupo de especialistas responsáveis pelo texto. 


Denis Mizne, da Fundação Lemann, teve acesso a trechos do documento. "Não é uma extensa indicação do que o aluno precisa saber em cada disciplina, mas foram destacados pontos principais." A linguagem, diz Mizne, permite que as famílias saibam o que os filhos devem aprender.


Divisões


O currículo cobre cerca de 60% do conteúdo. Redes municipais e estaduais são responsáveis pelos outros 40%. Nessa parte, trabalha-se, por exemplo, assuntos locais. "Quatro componentes, ao menos, clamam por regionalidade forte: História, Geografia, Biologia e Língua Portuguesa", diz o ministro Renato Janine Ribeiro.


Para Luis Carlos de Menezes, que também redigiu o texto, a maturidade do aluno em cada fase é respeitada. No 1º ano do ensino médio, a ideia é tratar aspectos mais concretos em Ciências da Natureza. "Nos anos seguintes, aprofunda-se no submicroscópico", diz ele, da Universidade de São Paulo (USP). 


Gostou? Compartilhe

LEIA MAIS

Pré-matrícula online oferta 10 mil vagas para novos alunos da rede pública de Maceió Resultado da matrícula online será divulgado neste sábado (11) Sesc abre inscrições para projeto de educação ampliada e EJA Ifal tem vagas em cursos técnicos de Enfermagem, Química e Segurança do Trabalho