Redação
Colaboradora da Globo por 35 anos, a jornalista Miriam Dutra segue dando entrevistas polêmicas sobre sua relação com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e sobre a emissora carioca.
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Para o site Diário do Centro do Mundo (DCM), Miriam afirmou que estar fora do Brasil e longe de seu país era um grande negócio para a Globo: "Me manter longe do Brasil era um bom pra Globo. Minha imagem na TV era propaganda subliminar contra Fernando Henrique e isso prejudicaria o projeto da reeleição". Segundo a jornalista, a emissora manteve seu contrato para ser beneficiada em negócios com o BNDES: "Financiamentos a juros baixo, e não foram poucos".
Após o nascimento de Tomás Dutra Schmidt, suposto filho de FHC, Miriam perdeu espaço na Globo. Ela decidiu ir para Portugal. Lá, conseguiu emprego numa emissora da qual Roberto Marinho era sócio - a SIC, uma das três maiores empresas de TV de Portugal.
A jornalista afirma que sua saída do Brasil foi um autoexílio e que o diretor de jornalismo da Globo à época, Alberico de Souza Cruz, padrinho do seu filho, a ajudou a deixar o país: "Eu gosto muito do Alberico, e ele dizia que me ajudou porque me respeitava profissionalmente. Éramos amigos, conhecíamos segredos um do outro, mas eu fiquei surpresa quando, mais tarde, no governo de Fernando Henrique, ele ganhou a concessão de uma TV em Minas. Será que foi retribuição pelo bem que fez ao Fernando Henrique por me ajudar a sair do Brasil?".
A Globo, em comunicado, já afirmou que não se mete na vida pessoal de seus colaboradores, e que Miriam, quando trabalhou no canal, exerceu todas as funções com competência e profissionalismo.
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