Redação
O técnico Mazola Junior rasgou elogios ao elenco do CRB durante entrevista coletiva na última terça-feira (19), no CT Ninho do Galo, na Barra de São Miguel. O treinador inicia a segunda passagem como técnico do Regatas.
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"Até gostaria de dar os parabéns ao Léo Condé e ao Dado Cavalcanti, dois excelentes profissionais, com futuro enorme pela frente. Sei como as coisas funcionam aqui no clube, os treinador tem participação sim na montagem do elenco, tem toda liberdade inclusive de vetar contratação também. Eles estão de parabéns pelo excelente elenco que montaram na Série B. O elenco do CRB esse ano não fica atrás de nenhum. E o campo mostrou isso. Vencendo e convencendo o Internacional, o Amérca-MG. São os dois líderes da competição. Chegou a ficar oito jogos sem perder. Campeonato duríssimo".
Ouça a primeira parte da entrevista coletiva de Mazola Junior.
"Todos esses números não me fizeram pensar muito na tabela classificativa no momento. E sim a esperança de tentar fazer com que esses jogadores se adaptem o mais rápido possível ao que eu penso, à forma que eu trabalho e à forma que eu penso como o time tem que jogar. Um time numa qualidade dessa. Para que a gente consiga resultado, porque sem resultado não vai adiantar nada ficar só no papel e nessas palavras que a Série B toda fala. Que o plantel do CRB esse ano está entre os melhores da Série B do Campeonato Brasileiro, não tenha dúvida alguma disso", cravou.
Ouça a segunda parte da entrevista coletiva de Mazola Junior.
Mazola já comandou os primeiros treinos nesta nova etapa à frente do Alvirrubro e monta o time para pegar o Criciúma neste sábado (23), às 16h30, no Estádio Rei Pelé. O treinador afirmou que precisar dar confiança ao elenco para retomar as vitórias na Segundona.
"Falta de confiança, mas depois que a bola rolou, percebi a diferença de qualidade. Muita qualidade. Tecnicamente é um grupo que tem muita qualidade. Vamos tentar extrair essa qualidade, dar uma pitadinha do meu espírito, daquelas confusões todas que são normais quando a bola rola, para que essa turma ferva um pouco mais e possa aumentar o nível de competição. Porque a Série B é um campeonato muito competitivo e esse ano está priorizando muito essa competitividade, a marcação, a parte física... Extremamente defensivo. Vamos tentar ver se a gente consegue dar umas injeções neles aí", comentou.
Veja outras respostas de Mazola Junior.
Times brasileiros sem posse bola
"Falta de qualidade. Caiu muito o nível técnico do futebol brasileiro. Hoje está sendo colocado em causa ter ou não mais posse de bola. Isso é o cúmulo para o futebol. Vocês [Jornalistas] que gostam de falar bastante do futebol europeu. É o cúmulo. Os grandes times na Europa, no futebol mundial, são os que têm mais posse de bola e são os que mais ganham".
(Foto: Junior de Melo / PFC)
"A única explicação que a gente tem é a falta de qualidade técnica. É você ter mais posse de bola, só que você se expõe mais, normalmente seus zagueiros são lentos, tem a reposição lenta o seu time. E os atacantes, a grande maioria deles é muito velocista. Chegam muito rápido quando têm espaços e têm muita dificuldade quando não têm espaço".
Volta ao CRB
"Principal motivo é por ter sido o CRB. Depois de tudo que aconteceu nesses últimos quatro meses, o falecimento do meu pai, o problema seríssimo de doença da minha mãe. Eu não ia mais trabalhar nesse ano. Mas já tinha, vamos dizer assim, rejeitado o CRB no final do ano passado, depois na saída do Condé o presidente me ligou. Eu tinha um projeto para trabalhar fora do Brasil, precisava de tudo quanto é jeito terminar o curso da CBF já em junho. O curso que eu terminaria em dezembro, tive que antecipar e terminar em junho mesmo".
(Foto: Junior de Melo / PFC)
"No domingo, quando o presidente me ligou, minha esposa estava ao meu lado, ela adora Maceió. E ela falou: "Maza, você não pode falar não de novo para o cara, pô. O cara gosta de você, está precisando de você. Tirou o treinador, e está na hora de você voltar para lá". Eu estava com vontade, sentindo muita falta do futebol, daquele ambiente, daquela adrenalina, sentindo saudades de Maceió também, tenho grandes amigos aqui, fui muito feliz aqui, uma cidade que adoro e um clube que me sinto muito bem".
Problemas particulares
"Depois tudo que aconteceu com meu pai, eu não tinha a mínima condição para voltar a trabalhar. Com o falecimento do meu pai, estava fazendo mal ficar em Campinas. Todos os lugares que eu ia, lembrava do meu pai. Meu pai foi dono de um restaurante, o nome dele foi perpetuado por causa desse bar em Campinas, que é muito próxima da minha casa. Eu praticamente estava lá todo dia por causa da enfermidade da minha mãe. Estava me fazendo muito mal ficar em Campinas. Estava sofrendo muito, a dor estava aumentando muito".
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