Redação
O Clube de Regatas Brasil encerrou nesta manhã os treinos para o jogo com o Bahia, neste sábado (24), às 16h20, no Rei Pelé, válido pela 27ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Em entrevista coletiva concedida no CT Ninho do Galo, o técnico Mazola Jr. manteve o discurso "pés no chão", repetiu diversas vezes que nunca falou em G-4 e reiterou a confiança no elenco regatiano.
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O CRB esteve na zona de classificação por 13 rodadas consecutivas, saiu na última. O Galo tem 39 pontos e ocupa a sexta posição, atrás de Bahia, que tem a mesma pontuação mas possui melhor saldo de gols, e do Ceará, que empatou com o Luverdense na abertura da rodada e alcançou os 40 pontos.
"Penso que é um momento importante da competição, mas ainda não é decisivo. Sabemos da importância do jogo com o Bahia. A semana de aniversário do clube. Uma semana que a gente possa dar uma galvanizada no grupo, reconstruir níveis de confiança e moral que temos nele. Praticamente foi esse grupo que chegou onde chegou e esse grupo que vai nos levar a sonhar em uma situação inédita há muitos anos no clube".
O treinador alvirrubro citou as principais praias de Maceió para ilustrar a situação que não quer que aconteça no Regatas.
"Precisamos ter perseverança no trabalho, astúcia, muita calma, experiência, relatar fatos que aconteceram conosco nesta competição e principalmente preparar a equipe nos aspectos emocional e tático para a reta final de campeonato, que aí sim é onde se decide quem vai para cima e quem vai ficar na praia. E sinceramente, mesmo Maceió tendo praias maravilhosas, não esperamos acabar na Pajuçara e nem na Ponta Verde".
Confira outros trechos de entrevista coletiva do técnico Mazola Jr.
Trabalho e correções
"Em termos de trabalho os caras são fantásticos. Semana muito boa de treinamento. Mas não adianta nada se não tiver o emocional equilibrado. Não cometer aquelas falhas individuais que cometemos em casa e foram muito ruins. Esperamos manter o equilíbrio no jogo de amanhã , fazer um grande jogo para que a gente consiga essa vitória e galvanizar o grupo todo para o restante do campeonato".
Resultados dos adversários
"Vem ajudando há muito tempo. Agora precisamos nos ajudar também, não podemos só contar com ajuda divina. Somos merecedores também disso, verdade seja dita, trabalha-se muito aqui no CRB. Mas não podemos contar com isso sem fazer o nosso. Tem muitos outros jogadores e equipes que estão trabalhando e fazendo por merecer. Vamos procurar minimizar os nossos erros para que sejamos merecedor dessa graça".
G-4?
"Nunca falei de G-4 aqui dentro e principalmente nunca cobrei essa posição. Porque não planejamos o campeonato para ir ao G-4. Só que a coisa ocorreu tão bem, nós soubemos aproveitar os erros das outras equipes que investiram muito mais que nós, panejaram o acesso, totalmente diferente. Somos pés no chão".
"O treinador do CRB sempre foi bem pé no chão com isso de G-4. Nunca subiu nenhum tipo de coisa na minha cabeça e nem essa euforia exacerbada que houve de fora para dentro. A prova está aí. Os resultados não vieram, hoje ninguém mais presta e não sei o que. Tem que ficar no G-4, é obrigação. Não tem nada disso. Vocês [jornalistas] são testemunhas que sempre fomos pés no chão em relação a essa história".
Problemas financeiros
"Ao mesmo tempo e em contrapartida, tudo que vi em termos de contratação, reforços, reforços no caixa de várias equipes, o que nós não tivemos. Inclusive volto a dizer que estamos com problemas, alguns patrocínios em atraso".
"Guerra" na Série B
"Sempre fomos pés no chão em relação a isso. É nesse grupo que temos que confiar, é nele que o torcedor tem que apoiar porque a guerra é muito grande, a luta é desigual. As armas que nós temos são muito diferentes das dos adversários. Só temos uma saída: se estiver todo mundo junto. Torcedor, comissão, jogadores e diretoria. É a única saída que temos para conquistar esse upgrade do planejamento. Volto a dizer, em nenhum momento se falou em G-4 aqui dentro".
Pressão externa
"Não se pode colocar nesse momento uma pressão exorbitante, como se colocou nos jogadores por G-4. O momento é errado. Não posso ser acusado de entrar nisso porque sempre fui o primeiro a bloquear esse tipo de situação. Coincidência ou não, aconteceu o que aconteceu, tivemos três jogos em casa no segundo turno com resultados totalmente inesperados. Por falhas individuais, não tanto pela equipe ter jogado mal, discordo que a equipe tenha jogado mal contra Londrina e Avaí".
"Assim como também chutar para fora daqui esse pessimismo que grande parte das pessoas estão colocando, que vamos lutar para não cair e não sei o que".
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