Mandante de assassinato de presidenciável do Equador pega 34 anos de prisão

Publicado em 13/07/2024, às 08h05
Fernando Villavicencio foi atingido por um tiro na cabeça ao sair de um evento político no norte da capital equatoriana | Reprodução de vídeo -

Folhapress

A Justiça do Equador condenou, nesta sexta-feira (12), Carlos Angulo, apontado como responsável por ordenar o assassinato do então candidato a presidente do país Fernando Villavicencio em 9 de agosto de 2023.

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Carlos Angulo foi considerado culpado por encomendar a morte de Villavicencio. Angulo, que é membro de uma das principais organizações criminosas do Equador, teria ordenado a execução do candidato de dentro da cadeia. Durante o julgamento, ele se declarou inocente das acusações, mas foi sentenciado a 34 anos e oito meses de reclusão.

Além de Angulo, outras quatro pessoas foram condenadas por participação no crime. Eric Ramírez, Victor Flores e Alexandra Chimbo também se declararam inocentes em depoimento. Laura Castillo preferiu ficar em silêncio. Os três primeiros tiveram penas de 12 anos, e Laura foi sentenciada a 34 anos e oito meses de detenção. Cabe recurso da decisão.

Sete pessoas foram ligadas ao caso, mas uma foi absolvida e outra morreu, segundo o Ministério Público. O órgão abriu de ofício outras duas investigações para apurar possíveis omissões no caso.

Fernando Villavicencio foi atingido por um tiro na cabeça ao sair de um evento político no norte da capital equatoriana; ele tinha 59 anos. O assassino morreu durante uma troca de tiros com os seguranças do candidato. A polícia prendeu seis colombianos envolvidos, mas todos foram assassinados na prisão.

Villavicencio foi um jornalista investigativo que revelou vários escândalos de corrupção. Suas descobertas envolveram altos funcionários, incluindo aliados do ex-presidente socialista Rafael Correa (2007-2017); ele nega qualquer relação com o assassinato.

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