Redação TNH1
Mais um jacaré e uma cobra foram avistados, na tarde desta quarta-feira, 12, em diferentes trechos do litoral de Maceió, confirmou o Batalhão Ambiental da Polícia Militar. A cobra foi resgatada próximo à Braskem na Praia da Avenida, enquanto o jacaré está sendo capturado na Praia de Jatiúca.
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Ontem o Batalhão já havia recolhido um jacaré e uma cobra em Ponta Verde e Pajuçara, enquanto na manhã de hoje, nos mesmos pontos e também em Ipioca e Guaxuma, os militares resgataram quatro jacarés e uma jiboia. Já são nove animais silvestres encontrados em diferentes pontos do litoral maceioense devido às enchentes provocadas pelas fortes chuvas da semana passada.
"Tudo isso por conta das enchentes. Quando a gente fala da deságua da lagoa no mar, temos que contar que muitas vezes o animal pode descer pelo Riacho Salgadinho, tem também outros córregos em Pescaria, Guaxuma, na área norte, que terminam no mar. São várias formas que esses animais podem chegar na orla", disse o sargento André, do BPA.
Segundo o BPA, o jacaré capturado é da espécie papo amarelo e a cobra é uma muçurana, que não é peçonhenta e normalmente se alimenta de outras serpentes, inclusive algumas venenosas, já que é imune a serpentes como a jararaca, por exemplo. Segundo o Instituto Butantan, apesar de seu tamanho assustador, a muçurana não é venenosa e é inofensiva para humanos – não é à toa que ela é conhecida como “cobra do bem”. Ela mede cerca de 1,5 m, mas pode alcançar até 2,5 m na vida adulta. Dependendo da espécie, pode ter hábitos diurnos ou noturnos, e costuma viver em matas e no meio da vegetação rasteira e fechada, perto de rios e lagoas.
Os animais capturados vão passar por avaliação de veterinário e, em caso de estarem saudáveis, serão devolvidos à natureza. Se os répteis apresentarem ferimentos e precisarem de cuidados, eles serão enviados ao Centros de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama, em Maceió.
"A orientação é não se aproximar do animal. O jacaré é bastante agressivo. A cobra pode ser de uma espécie venenosa, não a jibóia. A nossa recomendação é evitar o contato e acionar o Batalhão", afirmou o sargento.
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