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A Polícia Federal vai abrir inquérito para identificar quem são os responsáveis por uma carga de 1,3 tonelada de cocaína, apreendida nesta quarta-feira, no Porto do Rio de Janeiro. O material foi localizado e apreendido por agentes da Divisão de Vigilância e Repressão ao Contrabando e Descaminho da Receita Federal . A droga estava escondida em 48 sacas de café que seriam embarcadas para a Bélgica, na Europa.
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Avaliada em R$ 330 milhões, a carga de cocaína foi levada para a Superintendência da Polícia Federal, na Praça Mauá, no Centro do Rio. A apreensão foi a primeira deste tipo, registrada em 2024, no porto.
Foram necessárias quatro horas para a contabilização de todo material apreendido. A ação no Porto do Rio contou com o apoio de militares da Marinha e aconteceu durante o período de validade do decreto de Garantia da Lei e da Ordem, que permite a atuação de militares das forças armadas na prevenção de delitos em fronteiras, portos e aeroportos.
Segundo a Receita Federal, a carga de café, que tinha um total de 320 sacas, foi selecionada para fiscalização por critérios de gerenciamento de riscos. O material estava em contêineres e seria exportado para a Europa. Com auxílio de cães farejadores, os agentes acabaram descobrindo que a cocaína estava escondida em parte das sacas do produto. A Polícia Federal foi acionada e vai abrir um inquérito para tentar identificar os responsáveis pelo delito. Caso os envolvidos sejam identificados, eles responderão por crime de tráfico internacional de drogas. A maneira como criminosos exportam cocaína nos portos do Rio e Itaguaí vem sendo alvo de operações deflagradas pela Polícia e Receita Federal. A rota da droga, que sai do estado com destino à Europa e África, também já está na mira de ações da Garantia da Lei e da Ordem, que conta com o apoio das forças nacionais no combate ao tráfico internacional de drogas nos portos e aeroportos brasileiros.
Segundo a Receita, só em 2023, em quatro operações deflagradas entre janeiro e outubro, mais de 1,5 tonelada de cocaína foi apreendida dentro de fardos de café, latas de tinta, carga de minério e contêineres. Até dentro de mangas, os agentes encontraram o entorpecente. A maior parte foi apreendida no Porto de Itaguaí, na Baía de Sepetiba. Foram 999 quilos ao todo. No Porto do Rio, a Receita apreendeu 49,7 quilos. De acordo com as investigações, esses grupos, que envolvem a participação de empresários ligados às facções do Rio, negociam o envio de cocaína para a Espanha, Austrália e países da África.
Uma das maiores apreensões aconteceu em janeiro de 2023, em meio a uma carga de minério. Na ocasião, foram apreendidos 778 quilos de cocaína no Porto do Rio. O trabalho foi resultado de gerenciamento de risco. A droga, que tinha como destino Luxemburgo, foi encontrada pelos cães de faro, que identificaram contaminação do contêiner. Um mês depois, em fevereiro, homens da Receita Federal apreenderam no Porto de Itaguaí 400 quilos da mesma droga. Escondida em uma carga de fardos de café, em um contêiner, a cocaína seguiria para a Espanha.
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