Mais de um ano depois, assassino confesso de mototaxista segue foragido

Mais de um ano e dois meses depois da morte do mototaxista Genaldo da Silva Santos, o principal suspeito do crime, Ivanildo Acioli de Mendonça, segue foragido da Justiça. Durante as investigações, ele havia confessado ter sido o autor do assassinato.

Em um acordo proposto por seus advogados à polícia, Ivanildo mostraria onde estava o corpo da vítima e a moto, mas não teria a prisão preventiva decretada e responderia em liberdade. Ivanildo foi indiciado por homicídio qualificado e ocultação de cadáver, mas não foi mais encontrado pela Justiça.

A esposa de Genaldo, Juliana dos Santos, conversou com a reportagem do TNH1 e afirmou não receber notícias sobre o caso. Ela pede respostas da Justiça e espera que o crime não seja esquecido.

“Falaram que foi expedido um mandado de prisão, mas ele não foi encontrado na residência. Foi dado como foragido e até agora nada. Não sabemos mais o que fazer. Queria que não fosse um caso esquecido. O cara simplesmente fugiu, desapareceu do mapa e não sabemos absolutamente nada dele”, afirmou.

Ainda segundo ela, a família também procurou a polícia neste período, mas foi informada que o inquérito já foi concluído e que o caso já pertence ao âmbito judicial. “É uma ferida muito grande ainda. A gente só quer Justiça. Nós só vamos descansar quando esse rapaz for preso, não queremos ele morto, queremos ele preso, para pagar pelo que fez”, disse emocionada.

O TNH1 entrou em contato com a assessoria de comunicação do Tribunal de Justiça de Alagoas e foi informado que o processo, agora em tramitação na 5ª Vara Criminal de Maceió, está em segredo de Justiça e não pode dar detalhes sobre o andamento dele.  

O caso

O mototaxista Genaldo da Silva Santos, de 34 anos, foi morto a tiros em um matagal na parte alta de Maceió, no dia 6 de março de 2018. Imagens de uma câmera de segurança flagraram o momento que Genaldo atendeu um cliente nas imediações de um colégio no bairro de Barro Duro. Ivanildo Acioli de Mendonça, que era vizinho da vítima, contratou a corrida sob a alegação de que iria fazer uma caçada na região da Cachoeira do Meirim.

Em depoimento, Ivanildo alegou que matou Genaldo por ciúmes, já que, segundo ele, o mototaxista estaria assediando sua esposa.