Em nota, a defesa de Carla Carolina Abreu Souza afirmou que “não demonstra surpresa com a denúncia”. Segundo os advogados, “as imputações constantes na acusação nada mais são do que uma manobra acusatória, para levar a acusada a júri popular, aproveitando-se da comoção social e a repercussão dada em sede investigativa”. Leia a nota completa no final da matéria.
O pai da menina, Matheus Lacerda Ferreira, foi denunciado por abandono material e pode ser julgado pelo Tribunal do Júri por crime conexo. Residente em Santa Catarina, o homem teria deixado de prover auxílio à subsistência da filha e recusado tentativas de reaproximação com a criança. Procurada, a defesa do genitor apontou que discorda da responsabilização do cliente pelo crime.
Segundo a nota, Matheus "sempre buscou de todas as formas ter acesso e fornecer tudo o que sua filha necessitava, mas enfrentou muitas dificuldades de contato devido à relação estremecida com a mãe da criança".
Íntegra da nota da defesa de Carla Carolina Abreu, mãe de Kerollyn Souza Ferreira
"A defesa de Carla Carolina Abreu Souza não demonstra surpresa com a denúncia oferecida pelo Ministério Público. As imputações constantes na acusação nada mais são do que uma manobra acusatória, para levar a acusada a júri popular, aproveitando-se da comoção social e a repercussão dada em sede investigativa. Concluída a investigação, constatou-se que não haviam elementos de prova suficientes para indiciar Carla pela morte de Kerollyn. E nada alterou-se desde o indiciamento. A defesa acredita na inocência de Carla, e seguirá efetuando seu trabalho de forma ética e transparente, com a certeza de que demonstrará se tratar essa acusação uma das maiores injustiças do sistema investigativo gaúcho."
Confira nota completa de Matheus Lacerda Ferreira, pai de Kerollyn Souza Ferreira
"A defesa de Matheus Lacerda Ferreira recebeu, na data de hoje, a denúncia feita pelo Ministério Público em relação ao delito de abandono material. A defesa discorda da eventual responsabilidade de Matheus, que sempre buscou de todas as formas ter acesso e fornecer tudo o que sua filha necessitava, mas enfrentou muitas dificuldades de contato devido à relação estremecida com a mãe da criança.
Além disso, a defesa ressalta que não apenas o pai e a mãe devem ser investigados e acusados. É importante destacar que os órgãos de proteção à criança e ao adolescente não foram responsabilizados em momento algum, mesmo sendo acionados com frequência. Essa situação é ainda mais preocupante, especialmente considerando que houve a atuação de conselheiros que podem ter vínculos pessoais com a parte envolvida, o que pode ter influenciado a condução do caso.
Houve uma clara falha desses órgãos, cuja omissão, no entendimento da defesa, supera em muito as falhas atribuídas a Matheus. A defesa reitera a necessidade de uma investigação mais ampla que abarque a atuação de todos os envolvidos, incluindo os órgãos de proteção."