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Revista Crescer
Na correria, é comum que muitas famílias acabem se esquecendo de marcar as consultas de rotina com o pediatra, sobretudo depois do primeiro ano, quando os encontros com o médico passam a ser mais espaçados. Gabriela Garcia, uma mãe de Indaiatuba, São Paulo, resolveu fazer um alerta sobre o assunto nas redes sociais e o vídeo viralizou. Graças a uma consulta de rotina, ela descobriu uma alteração no desenvolvimento do filho, Matteo, 2 anos e 7 meses, sem nenhum sintoma aparente.
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“Aparentemente, Matteo não tem nada, mas os exames apresentaram alterações”, conta Gabriela, na legenda. “Agora estamos fazendo novos exames, mais aprofundados, para investigar”, continua. Em entrevista a CRESCER, a mãe explicou que ele não tinha mesmo nenhum sintoma perceptível. “Não havíamos notado nada de diferente. Percebemos apenas na consulta”, conta.
A curva de crescimento dele teve uma queda, o que poderia indicar um problema na tireoide. “Saíram alguns novos resultados de exames e ele tem uma leve alteração em exame chamado anti-TPO, o que sugere uma pré-disposição a uma condição conhecida como tireoide de Hashimoto”, diz ela. A tireoide de Hashimoto é uma doença autoimune, em que o próprio organismo passa a atacar a glândula tireoide, causando inflamação. Mas, segundo Gabriela, Matteo está bem. “Cortamos alguns alimentos como glúten e leite, porque são alimentos mais inflamáveis”, explica.
Ela disse ainda que não sabia de nenhum caso da doença, que tem relação com a genética. Porém, depois da suspeita, acabaram identificando. “Algumas primas do meu marido têm. O avô dele também teve”, explica a mãe. Agora, a família segue investigando e tomando as medidas necessárias para cuidar da saúde do pequeno. “O objetivo do vídeo foi alertar as mães a não faltarem nas consultas, porque, às vezes, os sinais são silenciosos e só um acompanhamento médico é capaz de perceber”, completa Gabriela.
Como deve ser a rotina de consultas da criança?
No geral, a primeira consulta do bebê deve ocorrer logo após a alta na maternidade, no máximo até o décimo dia de vida. Esse primeiro encontro é mais longo que os demais: dura em torno de uma hora. O profissional costuma, entre outras coisas, indagar sobre a gestação e o histórico da família. Nas consultas seguintes, o roteiro sempre incluirá a verificação de peso, altura, imunização, alimentação e desenvolvimento neurológico.
Até completar 1 ano de vida, o bebê deve voltar ao pediatra todos os meses. Depois, no segundo ano, as consultas passam a ser trimestrais. E, até os 5 anos, a visita é semestral. A partir daí até a maioridade, as consultas se tornam menos frequentes, passando a uma por ano, explica a pediatra Filumena Gomes, do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas (SP).
Assista ao vídeo abaixo:
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