Mãe de Renata Sá havia alertado a filha sobre estuprador, 20 dias antes

Publicado em 26/10/2015, às 17h03
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Redação

Ronilde Vieira de Almeida, mãe da Renata Sá (Crédito: Erik Maia / TNH1)

A mãe da nutricionista Renata Sá, Ronilde Vieira de Almeida, disse na tarde desta segunda-feira, durante o julgamento de Leonardo Lourenço da Silva, acusado de matar a filha dela, que, 20 dias antes de Renata ser morta, ela alertou a filha sobre um estuprador que estaria agindo no bairro do Farol. A polícia confirmaria que se tratava de Leonardo, o algoz da nutricionista.

"O que mais me dói é que eu alertei a minha filha sobre esse monstro que está aqui atrás", disse se referindo ao réu.

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"Vinte dias antes de ele fazer o que fez com minha filha, ele estuprou uma moça, e eu vi essa reportagem. Nós tínhamos o cuidado de estar sempre alertando a Renata. Eu disse: Renata tenha cuidado com a área do Farol. O estuprador levou a menina pro motel e depois abandonou o carro", disse, emocionada, Ronilde Vieira. "Depois eu soube que se tratava da mesma pessoa, isso me dói demais, porque se tivessem investigado e prendido antes, minha filha estaria aqui comigo".

Veja o vídeo do depoimento:

Depoimento do réu

O último depoimento do julgamento foi o de Leonardo Lourenço da Silva, réu confesso da morte da nutricionaista Renata Sá. ele assumiu o crime, alegando que perdeu o controle da situação.

Leonardo disse que permitiu que Renata saísse do carro usado por ela durante o trabalho e a orintou a andar em frente. "Foi quando ele andou em minha direção e levantou a mão, como quem ia pegar a arma, aí eu atirei a primeira vez, quando ela caiu eu atirei de novo", revelou em depoimento.

Ele alegou ainda ser inocente de uma outra acusação de estupro, alegando que o monitoramento de sua tornozeleira eletrônica o coloca fora da cena do crime, tese descartada pelo promotor Marcos Mouzinho. "O que conta nos autos é que o monitoramento o coloca em todos os locais descritos pela vítima", revelou o promotor.

Sobre a tese da inimputabilidade do réu, o promotor questionou se ele sofria de algum transtorno mental, ao que ele respondeu: "sofro de epilepsia, e, às vezes, como aconteceu na semana passada, tenho dificuldade de falar, fico sem conseguir falar", respondeu com dificuldade.

Veja vídeo:


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