TNH1 com TV Pajuçara
Começa a ser julgado na manhã desta terça-feira (28) Otávio Cardoso, o homem preso em 2017 acusado de assassinar a jovem Bárbara Regina, em setembro de 2012, após os dois saírem de uma boate em Maceió. Valéria Leite, a mãe da vítima, conversou com a reportagem da TV Pajuçara onde falou sobre sonhos da filha, e a expectativa dela para o resultado do julgamento.
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“Eu convivia com ela todos os dias. Nós conversávamos muito, todas as noites. É difícil chegar em casa e olhar e ter que perguntar: 'Cadê minha filha?'. Ela tinha expectativas, sonho de ter um negócio próprio, de casar, ter filhos... Hoje eu vivo por viver”, lamentou.
Otávio foi denunciado pelos crimes de homicídio qualificado por motivação torpe, ocultação de cadáver e estupro. No entanto a Justiça não aceitou a denúncia de estupro por falta de provas. Para a mãe, o fato de o corpo nunca ter aparecido alimentou a esperança do retorno da jovem em segurança.
“Por muitos anos, até a última hora, eu tinha esperança de que ela voltasse. Imaginei várias coisas, e nem imaginava que era ele o culpado. Acabou”, disse.
Para Valéria, a família é que foi sentenciada, e Bárbara foi alvo de uma campanha de difamação. “O julgamento é dele, mas a sentença foi dada pra mim. Até quando eu não sei. Estou processando as pessoas que fizeram isso, porque foram informações infundadas, já provamos que isso não existe, só serviu pra denegrir a imagem da minha filha”, afirmou.
Ela afirma que ainda tem esperanças de que o corpo da filha seja localizado. “Só peço que apareça alguém, assim como me ligaram para dizer da prisão dele, para me tranquilizar um pouquinho, porque a gente fica, além da dor da perda, sem poder dar um enterro digno para nossos filhos. Eu fico no vazio. Eu queria mesmo é que tudo isso acabasse e que se botasse uma pedra em cima e só ficasse uma lembrança boa da minha filha”, concluiu.
Assista ao vídeo do Pajuçara Noite:
O réu
Otávio Cardoso foi preso em 2017 pelo crime de roubo no estado do Mato Grosso. A defesa dele alega inocência.
Na denúncia, o Ministério Público Estadual (MPE) alega que Otávio matou Bárbara por ela se negar a fazer sexo com ele. Segundo o MPE, ele teria asfixiado Bárbara e desferiu golpes de punhal contra o peito da jovem.
Otávio Cardoso é julgado nesta terça no Fórum do Barro Duro / Foto: TV Pajuçara / Lucas Malafaia |
Otávio teria confessado a um amigo que teria assassinado Bárbara. Dias depois do crime, ele teria procurado um lava-jato com o carro sujo de pó de cana e barro, por dentro e por fora.
Caso seja condenado, ele cumprirá pena que pode variar de 12 a 30 anos de prisão pelo crime de homicídio, mais um a três anos pelo crime de ocultação de cadáver.
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