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O fantasma da meningite continua a assombrar a população de Maceió, especialmente pais e responsáveis por crianças. Somente este ano, segundo dados mais recentes da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), 30 casos da doença foram registrados, 11 deles resultando em morte.
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Um dos casos confirmados é o da Maria Eduarda, de apenas 07 anos, que chegou a ser internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital particular. A menina vem se tratando de uma meningite viral ao longo da semana e deixou a UTI nessa quinta-feira (10), após uma melhora significativa.
Fabrícia Ferreira, que é enfermeira e mãe da criança, tem usado as redes sociais para compartilhar o caso e alertar outros pais. Ela conta que inicialmente o diagnóstico apontava para um tipo mais grave de meningite, o que foi destacado após exames. "A priori, quando recebi a notícia, foi de meningite bacteriana, mas depois dos exames a médica disse que trata-se de uma meningite viral", disse aliviada.
Ainda não há previsão para a alta médica de Maria Eduarda, mas ela está respondendo bem às medicações. "Ela está falando, brincando, comendo. Funções fisiológicas, neurológicas e motoras preservadas", comemorou a mãe.
178 casos suspeitos
Conforme a SMS, neste ano foram contabilizados 178 casos suspeitos, sendo que 105 descartados, 30 confirmados, 42 estão em investigação e 1 em evasão. Os dados são referentes à última atualização do órgão de saúde, no dia 08 de outubro de 2024.
O número de casos, no entanto, não caracteriza o surto da doença na capital alagoana, afirma a Secretaria Municipal de Saúde. "Maceió não está em surto de Meningite, e é importante deixar muito claro que Meningite Viral e Meningite por Pneumococo não é a mesma coisa de Doença Meningocócica, e que a capital atualmente encontra-se em situação endêmica para a Doença Meningocócica pelo sorogrupo B, havendo picos sazonais durante o ano, conforme declaração do Ministério da Saúde. Para ser considerado surto, é preciso atender a critérios definidos pelo Ministério da Saúde, tais como ocorrência de pelo menos três casos primários (sem vínculo entre si), do mesmo sorogrupo, confirmados por exames laboratoriais específicos no período inferior ou igual a três meses em uma mesma localidade geográfica", explicou o órgão.
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