Redação
O presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, "viabilizou, entre janeiro de 2011 e janeiro de 2016, a lavagem de R$ 1.292.210,40 do dinheiro da OAS em favor de Lula", afirmou a Procuradoria da República em relatório ao juiz federal Sérgio Moro. De acordo com informações do jornal O Estado de S.Paulo deste domingo (6), o valor é referente ao pagamento, durante cinco anos, do aluguel de dez guarda-móveis usados para armazenar parte da mudança do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva quando ele deixou o Palácio do Planalto no segundo mandato.
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“Não pairam dúvidas sobre a atuação ilícita de Paulo Tarciso Okamotto na viabilização do custeio pela OAS do armazenamento de bens pessoais de Lula junto à Granero Transportes”, sustenta o documento de 89 páginas, subscrito por onze procuradores da força-tarefa da Lava Jato.
“A investigação colheu evidências de que a OAS também repassava vantagens indevidas a Lula por meio de pagamento de contrato de armazenagem de bens pessoais junto à Granero Transportes, com adoção de medidas de ocultação de origem e propriedade dos bens para fins de conferir aparência lícita ao repasse de valores provenientes de infrações penais praticadas no âmbito da Petrobrás”, afirmam os procuradores, ainda segundo o jornal.
A força-tarefa da Lava Jato aponta que em 22 de dezembro de 2010, após solicitação de Okamotto, a Granero emitiu um orçamento de “serviços de armazenagem de bens pertencentes” a Lula. Em 27 de dezembro de 2010, Okamotto teria subscrito termo de aceite para que a Granero prestasse os serviços.
Após a rescisão do contrato de armazenagem, entre 18 e 19 de janeiro de 2016, afirmam os procuradores, a ‘Granero fez a entrega dos bens para as pessoas indicadas por Paulo Tarcisio Okamotto, notadamente Alexandro Antonio da Silva, Luiz Antonio Pazine e Paulo Marcelino Mello Coelho’, diz o Ministério Público Federal. A mudança foi levada de Brasília para São Paulo pela Três Poderes, de propriedade da Granero.
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