Redação
A Perícia Oficial concluiu e entregou, nesta terça-feira (16), o laudo do exame de conjunção carnal realizado em uma criança supostamente vítima de estupro vulnerável cometido pelo próprio padrasto. O exame na menor de 03 anos apontou a presença de lesão da mucosa anal, provocado por ação de instrumento contundente, apresentando ainda risco de morte. O padrasto da menina chegou a ser preso no começo do mês enquanto acompanhava o tratamento dela no Hospital Geral do Estado, em Maceió.
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De acordo com médico legista Luiz Antônio Mansur Branco, do Instituto de Medicina Legal, a membrana himenal estava íntegra coraliforme, mas, a região do ânus apresentava uma fissura em mucosa anal. O laudo deixa claro que essa lesão anal não tem relação com a possível queda da própria altura da vítima, por apresentar apenas lesão interna e sem comprometimento da região perineal.
Ainda segundo o legista, a menina apresentava estado grave, intubada com ventilação mecânica, sedada, reativa aos estímulos, e sem condições de avaliação motora. Ainda ficou constatado equimose, edema e escoriação na região frontal à direita, equimose e edema nas regiões esternal, maxilar esquerda e submandibular esquerda, equimose em pavilhão auricular bilateralmente e escoriação nas regiões supra-hiódeia, cotovelo esquerdo e em joelhos bilateralmente.
Outro fato importante relatado no laudo é que durante o atendimento a vítima teve uma piora súbita apresentando crise convulsiva devido a presença de um pedaço de caju e de uma castanha crua na sua boca. Esse corpo estranho provocou a obstrução da via aérea levando a asfixia mecânica, não podendo o médico afirmar ou negar se foi devido a um ato deliberado do agressor.
Durante o exame de corpo de delito realizado no último dia 09 de outubro nas dependências da UTI pediátrica do Hospital Geral do Estado (HGE) também ficou constatado a presença de pediculose na cabeça, sugestivo no mínimo de negligência. Para chegar a todas essas conclusões, o médico Luiz Mansur ainda teve acesso ao prontuário médico da unidade hospitalar e também da ambulância do SAMU responsável pelo resgate da vítima do Centro de Maceió até o hospital.
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