Redação
Os debates do júri do assassinato do professor e vereador Luiz Ferreira foram retomados nesta sexta (17) no Fórum do Barro Duro, em Maceió. A sessão foi reiniciada pouco antes das 9h, com a sustentação do promotor Paulo Barbosa.
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A acusação conta também com o auxílio do advogado Cláudio Vieira. Na sequência, é a vez da defesa fazer a sustentação, seguida da réplica da acusação e da tréplica da defesa.
Veja vídeo feito pela assessoria do MPE:
Três acusados da morte do vereador por Anadia estão no banco dos réus: Alessander Leal, Everton Santos de Almeida e Tiago dos Santos Campos. Fazem a defesa do réu Alessander, os advogados Raimundo Palmeira e Rodrigo Ferro. Fazem a defesa dos réus Everton e Tiago, o defensor público Rylbson Martins.
O juiz Geraldo Amorim suspendeu o júri na noite de ontem após cerca de 12 horas de debates.
O crime
A vítima foi executada a tiros na rodovia AL 450, no ano de 2011, nas imediações do Povoado Tapera, em Anadia. De acordo com a denúncia do Ministério Público (MP/AL), Luiz Ferreira retornava da cidade de Maribondo, após conceder entrevista a uma rádio local, quando o carro em que estava foi interceptado por outro veículo.
Pelo menos duas pessoas teriam saído do automóvel e efetuado disparos na direção do vereador, que não resistiu aos ferimentos. De acordo com o MP/AL, o crime teria sido planejado pela então prefeita de Anadia, Sânia Tereza Palmeira Barros, e pelo companheiro dela, Alessander Leal. Os outros participantes seriam Tiago Campos, Everton de Almeida, Adailton Ferreira e Wallemberg Torres da Silva.
O motivo seria a oposição feita por Luiz Ferreira à gestão da prefeita. O vereador, que na entrevista à rádio havia anunciado sua candidatura à Prefeitura de Anadia, acusou Sânia Barros de cometer diversas irregularidades à frente do executivo municipal. Para o Ministério Público, o assassinato de Luiz Ferreira foi queima de arquivo e um “recado” para os demais vereadores da oposição.
O juízo da Comarca de Anadia pronunciou os réus por homicídio triplamente qualificado e associação criminosa. Tendo em vista que os acusados Tiago Campos e Everton de Almeida não recorreram da decisão de pronúncia e Alessander Leal desistiu do recurso em sentido estrito interposto, decidiu-se pelo desmembramento dos autos em relação a esses réus. Os outros recorreram da pronúncia e aguardam o julgamento de seus pedidos pelo TJ/AL.
O julgamento no Fórum será presidido pelo juiz Geraldo Cavalcante Amorim, titular da 9ª Vara Criminal de Maceió.
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