Redação
A sessão que julgaria o recurso da defesa dos réus na Operação Taturana nesta quinta (08), foi suspensa. O desembargador Celírio Adamastor não compareceu, por motivos de saúde, e o processo teve que ser retirado de pauta, voltando apenas no dia 22. A "Taturana", deflagrada pela Polícia Federal em 2007, desarticulou um esquema que desviou R$ 300 milhões por meio folha de pagamento do Assembleia Legislativa.
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Estão na relação dos condenados pela 18ª Vara Cível da Capital que apelaram ao TJ deputados e ex-deputados, entre eles dois candidatos a prefeito de Maceió. Todos foram alvos da Operação Taturana, deflagrada pela Polícia Federal em 2007:
– João Beltrão
– Maria José Vianna
– Cícero Amélio
– Paulão
– Nelito Gomes de Barros
– Adalberto Cavalcante
– Arthur Lira
– Celso Luiz
– Cícero Almeida
– Banco Rural.
O procurador-geral de Justiça, Sérgio Jucá, lançaria um protesto contra a manutenção de segredo de justiça no julgamento, porém foi informado que apenas documentos que constam na ação estão sob sigilo, como informações fiscais e bancárias dos réus.
Para o acesso da imprensa ao julgamento, o desembargador presidente da 3ª Câmara Cível, Domingos Neto, questionou as partes - Ministério Público e advogados - se concordam, já que dessa forma não seria garantido o sigilo dos documentos, e os advogados presentes não concordaram.
A presença da imprensa, portanto, ficou condicionada à autorização de ambas as partes até o dia 22.
O desembargador já se posicionou favorável ao acesso. “Eu não tenho óbice de que este processo seja aberto ao público, sou muito transparente com meus atos”, disse.
Veja lista completa com nomes dos réus: TJ julga na quinta-feira Ação de Improbidade da Taturana envolvendo dois candidatos à prefeitura de Maceió
A operação
O esquema denominado como Operação Taturana causou um prejuízo em torno de R$ 300 milhões aos cofres públicos do Estado, e levou à prisão de 36 pessoas, no ano de 2007.
Conforme lembrou o procurador do Ministério Público Estadual, em entrevista ao programa Balanço Geral, da TV Pajuçara, nesta quinta (8), parlamentares contraíram empréstimos pessoais ao Banco Rural e não pagaram. Posteriormente, o valor foi quitado com verba de gabinete da Assembleia Legislativa. “Quem pagou foi você, fui eu, foi o povo alagoano”, criticou.
Para Jucá, a Operação Taturana representa a maior roubalheira de dinheiro público registrada em Alagoas.
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