Redação
“Os estudos que fazemos mostram que a política de juros nos patamares praticados no Brasil atrasa nosso crescimento econômico e industrial”.
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Essa foi a manifestação do presidente da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (FIEA), José Carlos Lyra de Andrade, endossando a postura da Confederação Nacional da Indústria (CNI), contrária ao aumento dos juros no país, em deliberações da entidade sobre o cenário econômico atual.
Lyra, inclusive, subscreveu o documento “A crise do Crédito no Brasil e o Risco de Alta dos Juros com o Fim da Deflação Chinesa”, anunciado nesta quarta-feira, 11, pela CNI, aliando-se aos demais líderes empresariais representantes das federações da Indústria de todo o Brasil.
“Não há mais espaço para novos aumentos da Selic” – diz a Confederação, alertando para a discrepância entre a taxa de juros brasileira e a de outros países emergentes.
Entende o presidente da FIEA que todas as federações se juntem numa mobilização ampla, para garantir uma política monetária que aumente a competitividade do parque industrial brasileiro.
A CNI afirma, no texto ontem divulgado, que “cada ponto percentual a mais na Selic representa cerca de R$ 40 bilhões por ano em despesas com juros, impactando negativamente as contas públicas”.
Para José Carlos Lyra, o Brasil não pode ignorar a tendência global de redução das taxas de juros:
“Os estudos de nossa equipe econômica mostram que é possível estabelecer uma relação entre política fiscal, cortes de despesas e política monetária, criando as condições necessárias para uma redução mais expressiva dos juros”.
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