Jornalista é abordado no Qatar por causa de bandeira de Pernambuco

Publicado em 22/11/2022, às 13h38
Reprodução / Twitter -

Folhapress

O jornalista recifense Victor Pereira utilizou as redes sociais na manhã desta terça-feira (22) para expor uma situação que viveu no Qatar. Em um vídeo publicado no Twitter, o profissional contou que locais e policiais o abordaram após confundirem a bandeira de Pernambuco, que possui um arco-íris, com a bandeira LGBTQIA+.

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"Pessoal, estou nervoso, estou tremendo, porque a gente estava aqui com a bandeira de Pernambuco e fui atacado por alguns integrantes do Qatar e também policiais. Eles vieram para cima das meninas achando que era uma bandeira LGBT, mas na verdade é apenas a bandeira de Pernambuco. Aí fui filmar e eles pegaram meu telefone, só devolveram me obrigando a deletar o vídeo que eu fiz. Isso é um absurdo porque a gente tem a autorização da Fifa para filmar absolutamente tudo", disse Victor.

Chegaram a pegar a bandeira de Pernambuco, jogaram no chão e pisaram. Quando algumas pessoas intervieram e amenizaram a situação.

O vídeo em que eu registro o que fizeram com a bandeira fui OBRIGADO a deletar! pic.twitter.com/WUti5vyL9D

— Victor Pereira (@ovictorpereira) November 22, 2022

Logo na sequência, o jornalista publicou um vídeo gravado por pessoas que estavam por perto mostrando um homem vestido com dishdasha, tradicional roupa árabe masculina, segurando seu celular. Na gravação, é possível ouvir ao fundo Victor falando "eu sou um jornalista" e "eu vou te mostrar (o vídeo)" em inglês.

O brasileiro publicou ainda outro vídeo que mostra um policial segurando a bandeira pernambucana. "Chegaram a pegar a bandeira de Pernambuco, jogaram no chão e pisaram, foi quando algumas pessoas intervieram e amenizaram a situação. O vídeo em que eu registro o que fizeram com a bandeira fui obrigado a deletar!", escreveu no tuíte.

Vale lembrar que no Qatar, sede da Copa do Mundo 2022, é proibido a atividade homossexual para homens e mulheres, com penas máximas até de apedrejamento. No entanto, o país garantiu anteriormente que todos seriam bem-vindos, "independentemente de sua raça, origem, religião, gênero, orientação ou nacionalidade".

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