Redação
A advogada Janaina Paschoal desistiu da vaga de vice-presidente na chapa do deputado Jair Bolsonaro (PSL) ao Palácio do Planalto.
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Em rede social, afirmou que não teria condições familiares de se mudar para Brasília, em caso de o candidato ser o vencedor da eleição deste ano. Com isso, o posto deverá ser ocupado pelo príncipe Luiz Philippe de Orléans e Bragança, também do PSL como Janaina.
"Peço desculpas ao Brasil e prometo, esteja onde estiver, com ou sem cargo, continuar lutando por um país livre", afirmou a advogada, coautora do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016.
Ela aproveitou o comunicado para fazer uma defesa do presidenciável: "Sou testemunha de que Bolsonaro não é machista. Ele me tratou de igual para igual, desde o primeiro momento. Sou testemunha de que ele não é autoritário, cedeu em muitos pontos".
A declaração vai de encontro com o que pesquisas qualitativas apontam como um dos principais pontos fracos do deputado, hoje líder das pesquisas que excluem da corrida o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), virtualmente inelegível pela Lei da Ficha Limpa.
Janaina era desejada como vice exatamente para tentar amenizar o baixo desempenho de Bolsonaro entre o eleitorado feminino.
O príncipe Luiz Philippe deverá ser anunciado oficialmente na convenção estadual do PSL de São Paulo, neste domingo (5). Fundador de um grupo antipetista durante o processo de impeachment de Dilma, ele é filiado ao partido de Bolsonaro.
Não faz parte da linha sucessória direta da Casa Imperial Brasileira, apeada do poder em 1889 pelos militares que, ironicamente, são o grupo de origem de Bolsonaro, que é capitão reformado do Exército.
Ele já se colocou à disposição para ocupar a vice, também disputada pelo PRTB de Levy Fidelix, que ofereceu o general da reserva Hamilton Mourão.
Na sexta (3), Bolsonaro afirmou que o vice seria obrigatoriamente do PSL, descartando assim o militar. Ainda estava no páreo o primeiro e único astronauta brasileiro, Marcos Pontes, mas seu nome perdeu força.
Antes, o candidato foi frustrado na sua intenção de ter na chapa outro general da reserva, Augusto Heleno, mas ele estava filiado ao PRP e não houve acordo com as lideranças da sigla nanica.
Apesar da definição, o clima no partido de Bolsonaro é de beligerância. Os principais conselheiros do deputado têm reclamado da preponderância de Gustavo Bebianno sobre estratégias de Bolsonaro. Assessor e advogado do deputado, Bebianno assumiu interinamente a presidência do PSL neste ano.
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