James Cameron, diretor de 'Titanic', compara submarino implodido com desastre do navio

Publicado em 23/06/2023, às 09h10
Divulgação -

g1

O cineasta canadense James Cameron, diretor de "Titanic" (1997), comparou o caso do submarino que implodiu em uma tentativa de chegar aos destroços da embarcação no fundo do oceano com o próprio desastre do navio.

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A Guarda Costeira dos Estados Unidos declarou nesta quinta-feira (22) que o submarino, desaparecido desde domingo (18) com cinco tripulantes, havia implodido e que todos os que estavam a bordo são considerados mortos.

Além de dirigir o filme sobre o desastre de 1912, Cameron também é um explorador experiente de profundezas, e visitou os destroços da embarcação 33 vezes.

"Estou chocado com a semelhança com o desastre do Titanic em si, no qual o capitão foi repetidamente avisado sobre o gelo à frente de seu navio, e no entanto continuou a toda velocidade em um campo de gelo", disse o diretor em entrevista ao canal americano ABC News.

"Como um desenvolvedor de submersíveis, eu mesmo desenhei e construí um submersível, para ir ao local mais profundo do oceano, três vezes mais fundo que o Titanic, então eu entendo os problemas de engenharia associados com a construção desse tipo de veículo", afirmou Cameron.

Em 2014, ele foi com um submersível e registrou sua visita à Fossa das Marianas, considerado o local mais profundo do oceano, quase 11 mil metros abaixo da superfície.

Já de suas expedições ao Titanic, ele produziu o documentário "Fantasmas do abismo" (2003). Nele, o diretor convidou o amigo Bill Paxton, parte do elenco de "Titanic", para visitar e narrar as viagens aos destroços, que conseguiram as imagens mais detalhadas da embarcação afundada já registradas.

"Muitas pessoas da comunidade estavam preocupadas com este submarino e até escreveram cartas à empresa dizendo que o que eles estavam fazendo era muito experimental e que precisava de certificação."

Durante a entrevista, Cameron disse que era próximo de um dos passageiros do Titan. "Paul-Henry Nargeolet, o lendário piloto francês, é um amigo meu", falou o cineasta. "É uma comunidade muito pequena. Eu o conheço há 25 anos. Que ele tenha morrido dessa forma trágica é quase impossível de processar."

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