Investigações apontam que Gusttavo Lima comprou participação em casa de apostas

Publicado em 23/09/2024, às 19h06
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CNN Brasil

O cantor sertanejo Gusttavo Lima, alvo da Justiça, no âmbito “Operação Integration”, que apura um suposto esquema de lavagem de dinheiro, e que já colocou a advogada e influenciadora Deolane Bezerra, atrás das grades, adquiriu uma participação de 25% na empresa “Vai de Bet”, apontada como operadora de jogos ilegais e que recentemente esteve no meio de outra polêmica, ao rescindir o contrato de patrocínio com o Corinthians. 

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Segundo a decisão judicial assinada pela magistrada Andrea Calado da Cruz, há indícios suficientes da participação do cantor no crime de lavagem de dinheiro. “Associação do cantor com a empresa investigada levanta sérias dúvidas sobre a integridade das transações financeiras e a legitimidade dos vínculos estabelecidos”, segundo o documento.

A investigação revelou, em análise do relatório de intercâmbio financeiro datado de 15 de setembro de 2024, que a empresa GSA Empreendimentos e Participações Ltda, cujo sócio único é o cantor Nivaldo Batista Lima, conhecido como Gusttavo Lima, recebeu R$ 5,9 milhões de reais de empresas investigadas.

Entre janeiro e dezembro de 2023, as empresas Zelu Brasil, que atua como intermediadora de pagamentos para plataformas de apostas como “Vai de Bet” e “Esportes da Sorte” e a Pix 365 Soluções Tecnológicas transferiram os recursos por meio de transações bancárias. Em contrapartida, a GSA repassou R$ 1,35 milhão diretamente para a conta pessoal de Gusttavo Lima.

O inquérito destaca que, em 2023, a GSA movimentou um total de R$ 18,7 milhões em créditos, sendo 31,77% oriundos de empresas investigadas, envolvendo figuras como Deolane Bezerra e outras plataformas de apostas.

CNN procurou a defesa e a assessoria de Gusttavo Lima e das casas de aposta.

A defesa de Gusttavo Lima divulgou, na noite desta segunda-feira (23), uma nota sobre o pedido de prisão do cantor, emitida pela juíza Andréa Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal de Recife.

nota diz que a defesa ficou sabendo do pedido de prisão pela mídia, que medidas cabíveis já estão sendo tomadas e que “é uma decisão totalmente contrária aos fatos já esclarecidos pela defesa do cantor e que não serão medidos esforços para combater juridicamente uma decisão injusta e sem fundamentos legais.”

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