João Victor Souza
A polícia descartou a possibilidade de Emerson Feitosa de Mendonça ser o autor do estupro contra uma menor de 12 anos no município de Viçosa, a 86 quilômetros de Maceió, que resultou na gravidez da menina. Ele foi apontado pela vítima como o responsável pelo crime e havia sido preso em setembro deste ano, mas a polícia descobriu que a adolescente mentiu.
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O delegado Guilherme Sillero, titular da Delegacia de Viçosa, conversou com o TNH1 nesta quarta-feira, 06, e explicou que o resultado de DNA mostrou que Emerson não é o pai da criança.
"A menina acusou o homem falsamente. Foi outra pessoa que cometeu o crime e ela não quis revelar. A prisão dele foi revogada assim que se soube do resultado do exame, no mês passado. Informei ao juízo e foi expedido alvará de soltura", informou.
À época, Emerson também foi investigado por um suposto envolvimento no desaparecimento de Sandra Silva Melo de Morais, de 15 anos, que é irmã da vítima de estupro. Sandra sumiu no dia 17 de julho deste ano e até o momento não foi encontrada. A participação de Emerson no crime também foi descartada.
O homem tem grau de parentesco com a mãe das menores e, de acordo com a polícia, frequentava a casa dos familiares delas também por ser vizinho deles, na Zona Rural da cidade. Ele é natural de Quebrangulo, mas já morava em Viçosa há cerca de dois anos.
A menina de 12 anos escondeu a gestação da família. Os parentes só descobriram momentos antes da criança nascer. A menina deu à luz bebê numa maternidade em Maceió, em setembro, mesmo mês que Emerson foi preso.
Menor foi levada para abrigo
A vítima de estupro foi encaminhada para um abrigo por medida protetiva temporária determinada pela Justiça e os familiares dela devem ser interrogados já que o crime teria acontecido no âmbito familiar. A informação foi passada ao TNH1 pela juíza Joyce Araújo Florentino, titular da Comarca de Viçosa, por meio de nota.
Segundo ela, a menina está em situação de vulnerabilidade e os genitores da menor devem ser intimados a depor em audiência. "Se for necessário, a medida de impedimento [de contato com a família] pode ser tomada, sempre visando o bem estar e a proteção da menor. A lei não estabelece prazos para o fim da medida de proteção e de acolhimento, devendo perdurar enquanto houver a situação de vulnerabilidade", disse.
O pai da menina, seu Ildo Melo, informou à reportagem que a Justiça não havia liberado visita e faz quase dois meses que os parentes estão impedidos de encontrá-la. Sobre o desaparecimento de Sandra, Ildo afirmou que não há novidades desde agosto.
A juíza reforçou que o sumiço de Sandra ainda está em fase de investigação e que o Ministério Público aguarda a conclusão do inquérito policial para fazer a denúncia.
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