Inverno em Alagoas: Sala de Alerta da Semarh mostra recordes de temperaturas mínimas já registradas no estado nos últimos 40 anos

Publicado em 30/07/2021, às 15h16
Município de Mar Vermelho | Reprodução Portal Férias -

Ascom Semarh

A massa de ar polar que chegou ao Sul do País nos últimos dias fez com que as temperaturas caíssem drasticamente, trazendo inclusive neve para algumas cidades na região. No entanto, a chegada dessa frente fria em parte do país não será sentida em Alagoas.

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Como explica o coordenador e meteorologista da Sala de Alerta da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), Vinícius Pinho. “À medida que essa massa Polar, que chegou ao Sul do país, avança, ela vai recebendo calor e perdendo as características de ar polar, passando a ser uma massa de ar frio. A única região do Nordeste que pode vir a sentir alguma mudança é parte da Bahia, mas dificilmente essa massa apresenta força para chegar aos outros estados do Nordeste”.

Mas, apesar desta frente fria não chegar a Alagoas, os termômetros do estado já atingiram temperaturas muito baixas. De acordo com o trabalho de coleta de dados históricos realizado pela Sala de Alerta da Semarh, o Sertão alagoano já atingiu uma temperatura mínima de 11ºC, em agosto de 1994. E em Maceió, a temperatura mais baixa registrada nos últimos 25 anos aconteceu em agosto de 1996, onde os termômetros chegaram a registrar 15ºC.

Também há registro de temperaturas mínimas próximas aos 10ºC, como em Pão de Açúcar que já chegou a marcar 14ºC, em julho de 1981 e 13,8ºC, em Palmeira dos Índios, no mês de outubro de 1991. 

O trabalho de armazenamento de dados realizado pela Sala de Alerta possui mais de 40 anos em registros, somado aos dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) que auxiliam os meteorologistas e são importantes para diversas áreas, como explica a meteorologista da Semarh, Isa Mendonça, responsável pelo banco de dados da Sala de Alerta. 

“Essas informações são importantes para que a previsão do tempo que emitimos seja realizada de forma mais precisa, além de ajudar na agricultura, onde podemos gerar a previsão climática em períodos de três meses. Também são usadas pela Defesa Civil na tomada de decisões das ações. Essas informações também auxiliam na realização de pesquisas voltadas à saúde, onde acessamos esses históricos climáticos para relacionar com doenças que podem ter relação com mudanças no clima”, explicou a meteorologista.

Historicamente, essas temperaturas mais frias são registradas entre os meses de julho e agosto. “Situações severas de frio como estas, geralmente ocorrem quando há a incursão de massas de ar frio intensas, que conseguem atingir a região nordeste antes de perder completamente as suas características de ar mais frio”, explicou Pinho.

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