Instituto Fecomércio: 90% dos empresários consideraram positiva a reabertura em Maceió

Publicado em 25/08/2020, às 14h25
Itawi Albuquerqe / Arquivo TNH1 -

Ascom Fecomércio-AL

Pesquisa inédita do Instituto Fecomércio de Estudos, Pesquisas e Desenvolvimento do Estado de Alagoas (Instituto Fecomércio AL) reflete como positiva a reabertura do comércio em Maceió: 65,3% dos empresários entrevistados a consideraram boa e 24,7% a classificaram como ótima, totalizando 90% de aprovação. Apenas 9,3% afirmaram que a reabertura foi ruim, enquanto 0,7% não souberam opinar. O estudo foi realizado no período de 28 a 30 de julho em empresas localizadas no Centro e nos shoppings da capital.

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Apesar de os entrevistados terem avaliado bem a reabertura, quando questionados sobre a comparação das vendas com o mesmo período do ano passado, 70,7% afirmaram que foram piores; 20% disseram que foram melhores e 7,3% consideraram iguais. Sobre o movimento na loja, 87,3% disseram que foi muito baixo quando comparado ao mesmo período de 2019.

O levantamento também quis saber se os empresários acreditam que o Covid-19 ainda impactará o Comércio nos próximos meses: 85,3% responderam que sim; 13,3% acham que não e 1,3% não souberam responder.

Dentre as empresas entrevistadas, 58,7% são microempresas, 24,7% empresas de pequeno porte e 16,7% microempreendedores individuais. Em relação aos segmentos, 40% são de vestuário; 18,7% de calçados; 5,3% óticas – mesmo percentual para alimentos e joias; 4% de eletrônicos e 2,7% de perfumaria, entre outros. Quanto à quantidade de funcionários, 46% têm de 2 a 5 colaboradores; 35,3% de 6 a 10; 9,3% de 11 a 15; 8% têm mais de 15 e 1,3% possuem apenas 1.

Para o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio AL), Gilton Lima, como havia uma expectativa grande da classe empresarial acerca da reabertura do comércio, é natural que 90% dos entrevistados a considerem positiva. “Mas isso não significa que as vendas acompanhem o otimismo da reabertura, embora em alguns segmentos tenham havido aumento durante a pandemia. Porém, ainda que as vendas estejam menores, é bem melhor do que ficar pouco mais de três meses com as portas fechadas”, avalia.

O assessor econômico da Federação e coordenador da pesquisa, Felippe Rocha, ressalta que foi possível realizar o estudo devido à redução na taxa de mortalidade e de contágio, o que permitiu ao Estado de Alagoas flexibilizar o isolamento. Assim, o levantamento foi feito ainda na fase amarela. “Como nos encontramos na fase azul, há uma maior parcela de empresas em atividade, mas isto não invalida os números da pesquisa para o período realizado, ainda mais porque sabemos que a maior parte da população não voltou a ocupar os espaços de consumo, sendo sentimento comum à maioria dos empresários a queda nas vendas”, ressalta.

O economista lembra que no início do isolamento social em decorrência da pandemia do Covid-19 (coronavírus) e com as atividades não-essenciais do Comércio e Serviços paralisadas, o Instituto Fecomércio estimou que o impacto de perda na economia foi de R$ 1,6 bilhão para cada mês de inatividade.

Técnica

A técnica de coleta de dados foi a de entrevista pessoal individual aplicada com base em questionário estruturado desenvolvido pelo núcleo de pesquisa do Instituto Fecomércio AL. O tamanho mínimo da amostra estimado foi determinado em 150 entrevistados da capital de Alagoas, com nível de confiança de 95% e margem de erro de 5%. A pesquisa foi feita de forma aleatória obedecendo os critérios da probabilidade aleatória. Os dados foram processados eletronicamente e receberam tratamento estatístico.

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