Indiano vai processar os pais por ter nascido sem ser consultado; entenda

Publicado em 08/02/2019, às 15h05
Reprodução Facebook -

Exame

Raphael Samuel, um indiano de 27 anos, pretende processar os pais porque eles não perguntaram sobre a sua vontade de nascer.

“Não fomos perguntados se queríamos nascer […] Nascer não foi sua decisão e você não pode ser responsabilizado por algo que não é uma decisão sua”, diz ele em um vídeo publicado no YouTube.

Participante de um grupo antinatalidade, Samuel defende que as pessoas não deveriam nascer para sofrer e que os pais não têm o direito de ter um filho sem o consentimento da criança.

Em entrevista para a BBC, Samuel afirmou que “a humanidade não faz sentido”, uma vez que “muitas pessoas estão sofrendo”. “Se a humanidade fosse extinta, a Terra e os animais seriam mais felizes”, afirmou.

Usando barba falsa e óculos escuros, o indiano explica no vídeo abaixo porque vai processar os pais e diz que eles não são donos dos filhos. “Eles são indíviduos, não seus investimentos”, completa.

Assista:

O indiano, no entanto, assume que seria impossível conseguir o consentimento de um ser humano que ainda não nasceu e está a procura de um advogado que aceite defender o caso.

Na terça-feira (6), a mãe do rapaz — advogada, assim como o pai de Samuel —, se pronunciou sobre a situação em uma postagem no perfil do filho no Facebook.

Segundo ela, se Samuel puder dar “uma explicação racional de como poderia ter consentido seu nascimento, ela aceitará a culpa” e que “está feliz que o filho cresceu destemido e independente”.

Também para a BBC, Raphael afirmou que “queria não ter nascido”. “Não é que eu esteja infeliz, minha vida é boa, mas não queria estar aqui”, contou.

Gostou? Compartilhe

LEIA MAIS

O ambicioso plano do México para se tornar uma das 10 maiores economias do mundo Editor causa polêmica ao revelar que filme cotado ao Oscar usou IA para melhorar sotaque de atores Brasileira que faz faxina nos EUA conta absurdos que encontra nas casas que limpa Relatório detalha escândalos de abuso sexual na Europa e cita brasileiros