Assessoria
Imóveis de valor histórico e cultural, localizados na área de desocupação e monitoramento definida pela Defesa Civil, acabam de ser registrados em fotos e imagens digitais com escaneamento a laser. Entre os imóveis, indicados pela SEDET (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Territorial e Meio Ambiente) e SECULT (Secretaria de Estado da Cultura), estão a Casa de Saúde José Lopes, o Colégio Bom Conselho, a Igreja Santo Antonio de Pádua, o Colégio Braga Neto e o Solar Nunes Leite.
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Esses registros irão compor um dossiê a ser desenvolvido para cada imóvel, que também terá informações históricas pesquisadas em acervos fotográficos e de documentos. Em seguida, serão propostas ações voltadas à preservação da memória e do patrimônio cultural, em projeto a ser desenvolvido em um plano de ações que deverá contar com a participação de moradores do município para sua elaboração e execução. Essas ações integram a Frente Sociourbanística prevista no acordo assinado em dezembro de 2020 entre a Braskem e o Ministério Público Federal (MPF), com a participação do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE), que trata do futur o dos bairros.
Além dos registros, a Braskem está instalando tapumes ao redor das construções e da Zona Especial de Proteção no bairro do Bebedouro, para preservar sua integridade, uma vez que os imóveis não podem ser desfigurados com o tamponamento de portas e janelas, por exemplo. Esse trabalho deve durar cerca de quatro meses.
Para a etapa de registro digitalizado, as construções foram divididas em categorias, de acordo com seu nível de proteção legal, relevância histórica e simbólica. Câmeras captaram as imagens em 2D e 3D que, com a ajuda de softwares, vão agora ser transformadas em réplicas virtuais das estruturas físicas, ortofotos (fotografias com escala) e, futuramente, permitir visitas virtuais (como na ferramenta Google Street View). A técnica de escaneamento usada em Maceió é a mesma que está permiti ndo a reconstrução da Catedral de Notre Dame em Paris, incendiada em abril de 2019. Por seu nível de detalhamento e precisão, o escaneamento a laser também ajudou a identificar a origem do incêndio no Museu Nacional do Rio de Janeiro, ocorrido em setembro de 2018.
A Frente Sociourbanística está conduzindo um amplo trabalho de diagnóstico em Maceió, com a participação do poder público e da comunidade em entrevistas com diferentes grupos e estruturas de diálogos. Nas próximas semanas, serão realizadas escutas públicas separadas por temáticas, para colher contribuições sobre o diagnóstico realizado, ponto de partida para a definição das ações de reparação, mitigação e compensação social que serão implementadas.
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