'Ilha de Ferro': operação prende integrantes de organizações que traficam drogas

Publicado em 29/09/2020, às 07h02
Divulgação SSP -

Ascom MP-AL

O Ministério Público Estadual de Alagoas (MPAL), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) deflagraram, nas primeiras horas da manhã desta terça-feira (29), a operação “Ilha de Ferro”, que tem o objetivo de prender integrantes de duas organizações criminosas (Orcrim) especializadas em tráfico de drogas. Ao todo, foram expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital 15 mandados de prisão e outros 23 de busca e apreensão. 

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O saldo final da operação, divulgado pela assessoria do MPAL por volta de 9h30 de hoje, foi de nove pessoas presas, com notebook, tablet, droga e celulares apreendidos. Também foram realizadas apreensões de 15 pássaros, sendo um Sabiá, um Papa-capim, dois Xexéus, e 11 Sibites.

Com base nas investigações - iniciadas em janeiro deste ano - do Gaeco e da Assessoria de Inteligência da SSP, os dois grupos criminosos têm atuação na Barra de Santo Antônio, município do litoral norte de Alagoas. O comércio ilegal de entorpecentes é o principal ilícito penal cometido por eles, no entanto, as organizações também se valem do uso de arma de fogo para praticar outros crimes. 

De acordo com o Gaeco, as organizações criminosas possuem uma hierarquia que funciona de forma rigorosa e cada integrante dela tem sua missão a cumprir dentro da comercialização das drogas e da segurança de seus subordinados. Há, por exemplo, os chefes do tráfico, os gerentes e os responsáveis pela distribuição e cobrança dos valores teoricamente advindos do narcotráfico. 

A primeira Orcrim, que tem atuação na localidade identificada como Barra 1, agia, primordialmente, na venda de entorpecentes ao consumidor final, propiciando grande lucratividade. Em razão disso, o grupo carece da participação de vários indivíduos na função vulgarmente denominada de "avião", que se responsabilizaria pelo comércio de drogas em pequenas quantidades.

A 2ª Orcrim

O Ministério Público acrescentou que, ainda no desenrolar das investigações, fora identificada uma segunda organização criminosa, igualmente atuante no município de Barra de Santo Antônio, contudo, em localidade distinta, especificamente na região conhecida como Ilha da Crôa, também chamada de Barra 2. 

Tal coligação criminosa manteria estreito laço com a primeira Orcrim, entretanto, ela seria chefiada por um homem que usa da atividade de guia de turismo para praticar o tráfico de drogas. 

Mulheres no crime

Ainda segundo a apuração do MPAL e da Secretaria da Segurança Pública, a primeira organização criminosa tem a participação de algumas mulheres. Uma delas é esposa do líder do grupo e seria o seu "braço-direito", atuando como elo entre os compradores de entorpecentes, bem como entre as duas organizações investigadas.

Efetivo mobilizado

Para o cumprimento dos mandados durante a operação integrada, a Polícia Militar empregou policiais da 3ª Companhia, do Batalhão de Radiopatrulha (BPRp), do Batalhão Ambiental (BPA), do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) e do Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran). 

A Polícia Civil participou com equipes do Tático Integrado de Grupos de Resgate Especiais (TIGRE), Seção de Capturas, Antisequestro e Núcleo de Inteligência, todos pertencentes à Divisão Especial de Investigações e Capturas (DEIC), além da Asfixia e Gerência de Polícia Judiciária (GPJ-2). O Grupamento Aéreo, da SSP, também participou da operação. 

Todos os presos e materiais apreendidos serão encaminhados para a sede da Deic, no bairro da Santa Amélia, em Maceió, para a confecção dos procedimentos cabíveis. 

A população é grande parceira das forças de segurança no combate ao crime em Alagoas e pode contribuir com o trabalho das polícias realizando denúncias sobre homicídios, tráfico de drogas, roubos, organizações criminosas e outros crimes por meio do Disque Denúncia. As informações podem ser repassadas, de forma anônima e gratuita, por meio de ligações para o 181 ou pelo aplicativo Disque Denúncia, disponível para download na Play Store.

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