Folhapress
Homens armados mataram seis policiais e um padre e deixaram outros 12 agentes feridos em um ataque contra igrejas ortodoxas, sinagogas e uma delegacia na região russa da República do Daguestão, no sul do país, de acordo com autoridades locais. Os prédios religiosos foram incendiados.
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Ainda não se sabe qual a motivação do ataque, que o governo da Rússia chamou de terrorista. A mídia do país afirmou que dois atiradores foram mortos em confrontos com a polícia, enquanto outros fugiram de carro.
O atentado teve como alvo a a capital regional de Makhachkala e a cidade de Derbent, que fica às margens do Mar Cáspio e a 60 quilômetros da fronteira com o Azerbaijão. Derbent abriga uma comunidade judaica histórica do Cáucaso, é reconhecido pela Unesco como patrimônio mundial.
De acordo com a agência de notícias Reuters, há informações de que a polícia se preparava para invadir um prédio em Derbent onde parte dos atiradores se esconderam.
A porta-voz do Ministério do Interior regional do Daguestão, Gaiana Garieva, disse à agência de notícias russa Ria Novosti que o padre ortodoxo assassinado tinha 66 anos, e que uma investigação seria aberta para apurar os "atos terroristas".
A Ria Novosti também disse que há relatos de brigas nas ruas de Makhachkala. A capital regional fica a 1.800 quilômetros de Moscou.
"A sinagoga de Derbent está em chamas", disse pelo Telegram o representante da Federação de Comunidades Judaicas da Rússia, Boruch Gorin. Segundo ele, a sinagoga de Makhachkala também foi incendiada.
A República do Daguestão é uma região da Rússia de maioria muçulmana que fica entre o Mar Cáspio e a fronteira com a Geórgia e o Azerbaijão, no Cáucaso.
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