Com agências
O homem suspeito de jogar soda cáustica no rosto da ex-mulher se apresentou à polícia na tarde dessa segunda-feira (08), no Recife. William César dos Santos Júnior se apresentou ao Departamento de Polícia da Mulher (DPMUL) e teve o mandado de prisão preventiva cumprido.
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A vítima, Mayara Estefanny Araújo, segue internada em estado grave no Hospital da Restauração. Segundo a polícia, em 19 dias ela registrou três queixas contra o ex-companheiro, a primeira com data de 13 de maio. Desde o primeiro registro, a Polícia Civil conseguiu na Justiça a concessão de medidas protetivas contra William.
O suspeito, que é agente comunitário de saúde, realizou exames no IML e foi encaminhado para o Centro de Triagem e Observação Criminológica (Cotel), em Abreu e Lima.
O advogado de William informou que o suspeito já vinha acordando sua apresentação à polícia desde a sexta-feira (05) e que ele nega ter cometido o crime. William afirma que presenciou a agressão, mas que ela teria sido cometida por Paulo Henrique Vieira dos Santos, que foi preso na sexta e autuado em flagrante por lesão corporal grave e resistência. Nas investigações da polícia, Paulo Henrique é apontado como coautor do crime.
De acordo com o advogado Ricardo Vasconcelos, William estaria sendo ameaçado e que por isso não tinha se entregado ainda para a polícia. Ele informou que acordos estavam sendo feitos para garantir a integridade física dele.
O depoimento do suspeito durou cerca de duas horas. A mãe dele aguardou a saída do filho mas não quis falar com a imprensa.
"Ele colaborou confessando aquilo que é a versão dele. Ele não praticou o crime, mas tinha ciência. Paulo foi quem praticou a agressão sozinho e ele observou de longe e, por isso, tem sua culpa. Paulo, inclusive, tem marcas de queimadura nos braços, e William não tem nenhuma. Também há testemunhas oculares para confirmar o fato", afirma o advogado.
Na segunda, a Secretaria de Saúde pediu o afastamento imediato do servidor e deu início ao processo para abrir um inquérito administrativo junto à Procuradoria-Geral do Município.
Outras prisões
Além de William, outros dois suspeitos foram presos por envolvimento no caso. A polícia confirmou que um deles é Paulo Henrique que, de acordo com testemunhas, teria segurado a vítima para que o ex-companheiro jogasse o produto químico.
Segundo a polícia, ele tem passagem pelo sistema criminal e já chegou a ser monitorado com tornozeleira eletrônica. O outro suspeito foi liberado por não ter relação com o crime.
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