Homem que morreu por chikungunya tinha 49 anos e morava em Colônia Leopoldina

Publicado em 09/05/2022, às 18h44
Homem ficou internado no Hospital Regional da Mata | Assessoria -

TNH1 com TV Pajuçara

Das 13 mortes por chikungunya neste ano no país, confirmadas pelo Ministério da Saúde, uma aconteceu em Alagoas e no mês de fevereiro. Divulgado apenas na última semana, o óbito foi de um morador da cidade de Colônia Leopoldina, a 117 quilômetros da capital alagoana, que tinha 49 anos de idade. A informação também foi confirmada pelo gerente de Vigilância e Controle das Doenças Transmissíveis da Secretaria de Estado de Saúde (Sesau), Diego Hora, em entrevista ao programa Cidade Alerta Alagoas, da TV Pajuçara/Record TV.

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"Ele era residente de Colônia Leopoldina, e era um paciente com doenças de base. Nesses casos, o paciente é interno, a princípio com suspeita de dengue, e no processo de investigação, conseguimos confirmar por meio de exame laboratorial que ele teve chikungunya", afirmou Hora.

A vítima da doença foi internada no Hospital Regional da Mata no início do ano e a causa da morte foi confirmada cerca de dois meses depois do falecimento. Segundo a Sesau, foi analisada a amostra biológica, ou seja, o sangue do paciente, pelo método RT-PCR para resultado detectável para chikungunya.

"O aumento de casos de arbovirose está sendo monitorado. Está dentro do que era esperado pela Sesau e seguimos alertando a população sobre os cuidados [...] A confirmação laboratorial é rápida na maioria dos casos. Para as arboviroses em si é um processo de investigação lento, porque precisamos confirmar todos os detalhes. A gente manda resultados para as nossas referências que estão fora do estado, dos exames, e a partir disso, fazemos a confirmação com dados sólidos", afirmou o gerente de Vigilância e Controle das Doenças Transmissíveis.

"Quem tiver febre, ou qualquer outro sinal, como dor no corpo ou manchinhas, é recomendado procurar uma unidade de saúde para o atendimento de um profissional para que seja feito o manejo adequado do paciente", continuou Hora.

Casos no estado - A Secretaria de Estado de Saúde (Sesau) divulgou na última semana que, de janeiro a abril deste ano, Alagoas registrou 2.870 casos de dengue, contra 491 do mesmo período do ano passado, o que representa um aumento de 584%, mas sem o registro de óbitos confirmados. Com relação à chikungunya, o Estado registrou 413 casos nos quatro primeiros meses deste ano, contra 53 em 2021, o que equivale a um crescimento de 779%. E quanto à Zika, foram confirmados 34 casos nos primeiros quatro meses do ano passado, contra 143 neste ano, evidenciando uma alta de 420%.

Ainda de acordo com o órgão, das Semanas Epidemiológicas de 1 a 16, já são 3.361 casos suspeitos de dengue em 62 municípios, o que representa 60,68%. Já os 40 municípios restantes estão sem registro, considerados silenciosos. Já nas últimas quatro Semanas Epidemiológicas, de 13 a 16, são 40 os municípios que apresentam com notificações, com destaque para os municípios de Atalaia, Barra de São Miguel, Branquinha, Marechal Deodoro, Matriz do Camaragibe, Porto de Pedras, Quebrangulo e União dos Palmares, que sinalizam para situação de alerta e risco de surto ou epidemia.

80% dos bairros de Maceió em alerta ou em risco - A Gerência das Doenças Transmitidas por Vetores e Animais Peçonhentos da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) divulgou, nesta segunda-feira (9), os resultados do 2º Levantamento de Índice Rápido de Aedes aegypti (Liraa) de 2022. A pesquisa demonstrou que dos 50 bairros da capital, 20% deles estão em situação satisfatória, 44% em alerta e 36% são considerados em risco para ocorrência de epidemia de doenças como dengue, zika e chikungunya.

Realizado pela Coordenação do Programa de Controle do Aedes aegypti, o 2º Liraa foi feito no período de 25 a 29 de abril e o resultado refletiu o trabalho de inspeção que as equipes de campo desenvolveram em 16.555 imóveis da capital. A ação tem a finalidade de fornecer informações qualificadas para direcionar as ações de prevenção e controle do mosquito no Município, que já vêm sendo intensificadas pelas equipes de agentes de endemias, principalmente nos bairros que apresentaram altos índices de infestação.

Neste segundo levantamento de 2022, os índices de infestação mais elevados foram identificados nos bairros Jaraguá (12%), Jardim Petrópolis (11,81%), Poço (10%), Ponta da Terra (8%), Ouro Preto (7,70%) e Gruta de Lourdes (7,31%), que apresentaram índices de infestação predial acima de 4% e risco de epidemia de arboviroses.

Já os bairros Pontal da Barra, Cidade Universitária, Tabuleiro do Martins, Santos Dumont, Rio Novo, Santa Amélia, Trapiche da Barra, Chã de Bebedouro, Petrópolis, Barro Duro, Benedito Bentes, Pajuçara, Jacintinho, Santa Lúcia, Prado, Feitosa, Ponta Grossa, Ipioca, Chã da Jaqueira, Riacho Doce, Clima Bom e Mangabeiras seguem em estado de alerta de ocorrência de transmissão das arboviroses (dengue, zika e chikungunya) por apresentarem índices de infestação do mosquito de 1% a 3,9%, podendo haver epidemia nos 2º, 4º, 5º, 6º, 7º e 8º Distritos Sanitários.

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