TNH1 com Agência Tocantins
A Justiça do Tocantins condenou Ruan Pamponet Costa, o homem que aplicava golpes em estabelecimentos comerciais de vários estados, incluindo Alagoas, a dois anos de prisão pelo crime de estelionato. O golpista, que foi preso em Palmas no mês de abril, deverá cumprir a pena inicialmente em regime fechado e não poderá apelar em liberdade. A condenação foi um pedido do Ministério Público Estadual e a sentença foi assinada na terça-feira (12) pelo juiz Rafael Gonçalves de Paula, da 3ª Vara Criminal de Palmas.
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Em janeiro deste ano, Ruan Pamponet foi detido em um bar na orla de Ponta Verde, em Maceió, após consumir cerca de R$ 2 mil e se recusar a pagar a conta no estabelecimento comercial. Na ocasião, Ruan chegou a informar que seria jogador de futebol.
O advogado Clevison Bezerra disse que irá analisar o processo, mas diante da pena aplicada, deve recorrer. “A defesa nesse momento vai recorrer sim da decisão do magistrado, tendo em vista que a pena não ultrapassando quatro anos deve ser cumprida em regime inicial aberta”, explicou. O advogado informou ainda que Ruan Pamponet permanecerá na Unidade Penal Regional de Palmas – UPRP, mas foi solicitado nos autos o seu recambiamento para Brasília (DF).
Ruan Pamponet foi preso no dia 21 de abril deste ano após consumir mais de R$ 5,2 mil em um bar localizado na Praia da Graciosa, em Palmas, e fingiu passar mal para sair sem pagar a comanda. Na época, os funcionários desconfiaram e chegaram a cobrar a fatura, mas quando ele disse que não se sentia bem, chamaram uma equipe do Corpo de Bombeiros para socorrê-lo.
No entanto, perceberam que ele estava fingindo e o confrontaram, mas Ruan respondeu que não iria pagar a conta. Ele foi preso e na delegacia, confessou o crime. Posteriormente foi colocado à disposição do poder judiciário na carceragem da Unidade Penal Regional de Palmas – UPRP.
Na sentença, o magistrado destacou como agravantes que o réu já tinha três condenações em outros estados também pelo crime de estelionato, que confessou os crimes e que “o acusado é multirreincidente específico”, por isso determinou que o cumprimento da pena fosse em regime fechado.
O condenado ainda terá que pagar R$ 3.305 para o estabelecimento, conforme a sentença.
Golpista preso em Maceió - Ruan Pamponet foi detido na orla de Ponta Verde no dia 17 de janeiro deste ano, após se recusar a pagar a conta do bar após consumir cerca de R$ 2 mil. Um agente da Operação Policial Litorânea Integrada (Oplit), que realizou a prisão, deu mais detalhes sobre o ocorrido. Ruan chegou a dizer que era jogador de futebol.
"Já havíamos recebido informação de um estelionatário em Maceió, aplicando golpes assim. Com uma rápida pesquisa, conseguimos ver que ele tem problemas com a Justiça de vários estados. Embora seja natural de Aracaju, ele anda pelo Brasil aplicando vários golpes. Ele nos disse que é natural de Aracaju, mas reside no Distrito Federal. Como foi passado pela gerência do local, ele era muito bondoso com os demais frequentadores do bar, querendo pagar bebidas e até também para pessoas que passavam na rua pedindo", disse o agente, que continuou acrescentando sobre a reação do homem.
"Ele se comportou de forma natural, bem frio. Disse que não pagaria a conta. Foi avisado a ele que a polícia seria acionada, ele não se preocupou com isso. Quando chegamos, ele não ofereceu resistência. Ele tinha uma lista com diversos nomes de bares de Maceió".
Ainda segundo o policial, o rapaz preso afirmou que estaria hospedado em um hostel, no bairro de Pajuçara, só que ele portava uma mochila com todos os pertences.
Golpe em vários estados - Antes de ser preso em Palmas, no mês de abril, Ruan havia sido detido dias antes após fingir passar mal para não pagar conta de mais de R$ 6 mil em bar de Goiânia (GO). Conforme a comanda, o homem pediu vários tipos de bebidas alcoólicas, como uísque, cervejas e gin, além de carnes.
Segundo a Justiça, Ruan Pamponet é investigado por golpes em outros bares do País. Além de Goiás, ele já teria cometido o mesmo crime em Alagoas, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco, Ceará e Distrito Federal). Em cidades do nordeste, ele teria dado calotes de R$ 2 mil e R$ 4 mil.
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