Com agências
Um homem matou a esposa, na noite da segunda-feira (15), em um motel na saída de Campina Grande, na BR-204, na Paraíba. Após cometer o crime, ele contatou o irmão por mensagem de WhatsApp e contou o que tinha feito. Ele se matou em seguida.
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A mulher foi identificada como Dayse Auricea Alves, de 40 anos. Ela era secretária de educação do município de Boa Vista, na Paraíba.
De acordo com informações do superintendente da Polícia Civil de Campina Grande, Luciano Soares, o aniversário da vítima foi na última sexta-feira (12) e o suspeito, Aderlon Bezerra de Souza, de 42 anos, teria convidado a esposa para comemorar a data no motel.
Após o crime, Aderlon mandou uma mensagem para o irmão. Na conversa, que aconteceu logo após as 21h, o marido da vítima mandou “Ei, matei Dayse, estou me suicidando agora”. Em seguida ele liga duas vezes para o irmão, que não atende, e continua com as mensagens: “Estou no parque motel, suíte 24, agora não tem mais jeito. ‘Xau mano’”. O irmão ainda tenta perguntar “com quem?” e Aderlon responde: “revólver”.
A polícia trabalha com a hipótese de que o homem teria planejado a morte da esposa. Segundo o irmão dele, no dia do crime, Aderlon deu um abraço nele e na mãe, como se estivesse se despedindo. O casal deixou duas filhas, uma de 8 anos e outra de 17.
A delegada de homicídios responsável pelo caso, Nercília Dantas, contou que os corpos de Aderlon e de Dayse foram encontrados vestidos, um ao lado do outro na cama da suíte do motel.
Segundo a delegada, o homem teria utilizado um revólver calibre 38 para atirar na boca da mulher e, em seguida, deitou ao lado dela e atirou na própria boca. “A perícia cadavérica é que vai afirmar quantos tiros foram exatamente em cada corpo”, disse.
“A gente não tem informações de como ele planejou tudo porque não conseguimos desbloquear o celular dele ainda. Eles foram juntos para o motel no carro dela. No local, não havia nenhum sinal de que ela teria entrado forçada”, explicou a delegada.
A família informou que o casal estava separado há 9 dias, mas que não morava mais junto há quase um ano. O homem estaria morando na casa da mãe desde então.
“Desde que ela deixou ele, ele estava em depressão e não aceitava o fim do relacionamento, acompanhava tudo o que ela publicava nas redes sociais. Na sexta-feira (12), foi o aniversário dela e eu fiquei monitorando ele o dia todo, já imaginando que ele poderia fazer algo contra ela”, disse o irmão de Aderlon.
Funcionários do motel informaram que teriam ouvido disparos durante a estada dos dois, que deram entrada no estabelecimento por volta das 17h30. O primeiro tiro foi escutado às 20h e o segundo uma hora depois.
A direção do motel emitiu nota informando que não faz revistas nos hóspedes e só pede documento de identificação, a fim de preservar a privacidade dos clientes.
"O Parque Motel tomou todas as medidas necessárias e salienta que está à disposição dos órgãos responsáveis para sanar quaisquer dúvidas", diz a nota. "Lamentamos profundamente o ocorrido e nos solidarizamos com os familiares pelas suas perdas".
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