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Homem incendeia a casa para escapar de 20 anos de abuso da madrasta

Publicado em 17/03/2025, às 17h33
Foto: Reprodução Café Mom
- Foto: Reprodução Café Mom

Revista Crescer

No dia 17 de fevereiro de 2025, bombeiros de Waterbury, Connecticut (EUA), atenderam a um chamado de incêndio em uma residência onde duas pessoas estavam presas. Enquanto Kimberly Sullivan conseguiu sair sozinha, seu enteado, um homem de 32 anos, precisou ser carregado para fora do local. Após o resgate, ele fez uma chocante revelação: o incêndio havia sido provocado por ele mesmo como forma de escapar de décadas de maus-tratos infligidos por sua madrasta.

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De acordo com o site Café Mom, o caso veio à tona quando a vítima relatou à polícia que foi mantida trancada por anos em um quarto, sem alimentação adequada e submetida a abusos constantes. O tio do homem, Kurt Sullivan, afirmou em depoimento ao New York Post que ficou horrorizado ao ver o sobrinho depois de tanto tempo. “Ele parece um sobrevivente do Holocausto”, disse. No hospital, foi constatado que o homem pesava apenas cerca de 30 kg, um reflexo da negligência e dos maus-tratos que sofreu.

Anos de isolamento e negligência

Kurt Sullivan revelou que não via o sobrinho há 20 anos e que, ao longo desse período, tentou inúmeras vezes restabelecer contato, mas era impedido por Kimberly Sullivan. Ele chegou a contratar um investigador particular para procurar por uma certidão de óbito, temendo o pior. Em depoimento, afirmou que visitava a casa da família na véspera de Natal, mas era afastado por Kimberly, que sempre intervinha quando tentava conversar com o menino.

A investigação policial revelou que a vítima vivia em um quarto trancado pelo lado de fora, com sistemas de segurança que foram reforçados ao longo dos anos. Ele descreveu ainda um “elaborado” plano de micção imposto pela madrasta para limitar seu movimento dentro da casa.

De acordo com as autoridades, o incêndio foi iniciado pelo próprio homem em seu quarto, usando papel de impressora, desinfetante para as mãos e um isqueiro. Quando questionado sobre sua motivação, ele foi direto: “Eu queria minha liberdade”, declarou em depoimento divulgado pela NBC News.

Prisão e acusações

Kimberly Sullivan foi presa em 12 de março e enfrenta diversas acusações, incluindo agressão de primeiro grau, sequestro de segundo grau, restrição ilegal de primeiro grau, crueldade contra pessoas e perigo imprudente de primeiro grau.

Em comunicado, o chefe de polícia de Waterbury, Fernando Spagnolo, descreveu o caso como “o pior tratamento da humanidade” e elogiou o trabalho das autoridades em garantir justiça para a vítima.

Apesar das graves acusações, a equipe de defesa de Kimberly nega os abusos. “Ele não estava trancado em um quarto”, afirmou o advogado de defesa Ioannis Kaloidis. “Ela não o conteve de forma alguma. Ela forneceu comida e abrigo. Está chocada com essas alegações.”

O pai do homem faleceu em 2024, após anos debilitado e em uma cadeira de rodas. Seu estado de saúde fragilizado pode ter contribuído para a impunidade de Kimberly ao longo dos anos. O caso segue em investigação, e Kimberly Sullivan aguarda julgamento. Enquanto isso, a vítima tenta se recuperar dos traumas físicos e emocionais sofridos ao longo de mais de duas décadas de abuso.

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