Ascom Sesau
A Norma Reguladora nº 32 já estabelece a proibição do uso de adornos em ambientes que apresentam riscos biológicos desde a Portaria 485, de 11 de novembro do ano de 2005, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Mas para os esquecidos, ou que afirmam desconhecer, o Hospital Geral do Estado (HGE) lançou uma campanha interna de orientação e mobilização, em acordo com a Portaria Interna Nº 11, que agora passa a observar o uso como não conformidade, prevendo sanções administrativas em caso de persistência.
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São considerados adornos: alianças, anéis, pulseiras, relógios de pulso, colares, brincos, broches, piercings expostos, cordões de crachá e gravatas. A proibição é aplicável a todos os que transitam nas áreas assistenciais: servidores, prestadores de serviço, estudantes, pacientes e visitantes. Cabe alertar que o número de mortes causadas por acidentes e doenças relacionadas ao trabalho ultrapassa aqueles causados por epidemias, como a Aids, conforme dados da Organização Internacional de Trabalho (OIT).
“A NR-32 estabelece diretrizes básicas para a implementação das medidas de proteção à segurança e a saúde dos trabalhadores na área de saúde. E no item 32.2.4.5 esclarece sobre a proibição do uso de adornos; portanto, o uso indevido de acessórios (adornos) no ambiente hospitalar pode comprometer o estado de saúde do paciente, visto que, em contato com bactérias pode causar danos ao paciente e a quem utiliza”, pontuou a enfermeira Rosângela Cavalcante, do Serviço de Controle de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde. “Vale lembrar que o adorno é totalmente dispensável, ou seja, não precisamos deles para assistir o doente”, acrescentou.
Pelos setores do hospital, os servidores foram mobilizados através da alegria contagiante dos acadêmicos que fazem parte do Sorriso de Plantão, um projeto de extensão universitária da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), em parceria com a Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal). Com muita simpatia, todos os flagrados com adornos foram convidados a pôr o material em bolsas e ajudar na mobilização que visa à qualidade da própria saúde, bem como dos pacientes, visitantes, amigos e familiares.
“O cumprimento à legislação vigente e a necessidade de conscientização ambiental preventiva, frente aos profissionais da saúde, é fundamental para a sustentabilidade da saúde. Por isso é importe a conscientização e o envolvimento de todos pela prevenção de acidentes, ainda que dentro de limitações. Em todo caso, para mais esclarecimentos sobre a importância do desuso de adornos, sugerimos a procura pela chefia imediata ou o SQVT [Setor Qualidade de Vida no Trabalho]”, declarou a engenheira do trabalho, Karlla Martiniano.
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