Grupo que prometia fraudar urnas eletrônicas cobrava até R$ 5 milhões

Publicado em 13/09/2016, às 15h04

Redação

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (13) a Operação Clístenes contra um grupo que prometia fraudar urnas eletrônicas nas eleições municipais de 2016.

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Foram cumpridos três mandados de prisão preventiva, dois em Brasília (DF) e um em Xangri-lá (RS), três mandados de condução coercitiva, em Xangri-lá, Canoas (RS) e Piripiri (PI), e cinco mandados de busca e apreensão: em Canoas, Xangri-lá, Goiânia (GO) e dois em Brasília.

Segundo a PF, a denúncia partiu de um prefeito de município da região metropolitana de Porto Alegre.

O grupo, afirma a Polícia Federal, dizia ter contato com uma empresa que atualiza o software das urnas eletrônicas e cobraria R$ 5 milhões para, supostamente, fraudar a eleição para prefeito e R$ 600 mil para, supostamente, fraudar a eleição para vereador.

Após o cumprimento dos mandados, realizado nesta terça, constatou-se tratar de estelionato, pois não há indícios de que os criminosos realmente poderiam obter êxito em fraudar as urnas eletrônicas e nem mesmo teriam contato com a empresa de atualização de software.

Os presos responderão pelos crimes de estelionato e organização criminosa, cujas penas somada variam de quatro a treze anos de reclusão. Serão encaminhados ao sistema prisional onde permanecerão à disposição da Justiça Eleitoral.

O nome da Operação, Clístenes, se deve ao político grego, que levou adiante a obra de Sólon e, como este último, é considerado um dos pais da democracia.

Segundo a Secretária de Tecnologia da Informação do TRE-RS, a urna eletrônica possui mecanismos de segurança que garantem que somente os programas gerados na cerimônia de lacração, única oportunidade em que a chave de assinatura oficial dos sistemas é utilizada, possam ser executados com status de aplicação oficial.

Nessa oportunidade, os programas são inspecionados, fazendo que não haja como alguém gerar um programa malicioso para fraudar a eleição.

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