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O governo de Minas Gerais informou na noite desta sexta-feira (25) que ao menos sete pessoas morreram no rompimento de uma barragem da mineradora Vale na manhã de hoje em Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte.
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Segundo informações oficiais do estado, sete corpos foram retirados debaixo da lama despejada com os rompimentos. As vítimas ainda não foram identificadas.
O Corpo de Bombeiros divulgou uma lista com os nomes das pessoas que foram resgatadas com vida após o rompimento da barragem.
"No momento a grande medida é ver sobreviventes, e informar às famílias dos atingidos", afirmou o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), em nota. O governador está na cidade atingida acompanhado do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.
De acordo com o governo mineiro, a Vale informou às autoridades que, no momento do desastre, havia 427 empregados da empresa no local. Ao todo, 279 foram localizados e não correm perigo, e cerca de 150 funcionários são considerados desaparecidos.
Ainda segundo o governo, outras 100 pessoas que estavam ilhadas foram resgatadas, e nove soterrados pela lama foram retirados com vida.
A UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) de Brumadinho informou que duas vítimas, com quadro de saúde considerado estável, se encontram em observação na unidade. Além delas, outras duas vítimas do acidente foram levadas à UPA, mas foram transferidas para o hospital João XXIII, em Belo Horizonte, por apresentarem sinais de intoxicação grave. À tarde, o centro médico na capital mineira já havia recebido cinco vítimas.
Cem bombeiros estão trabalhando no resgate às vítimas, número que será dobrado a partir da madrugada deste sábado (26). O governo informou que "dezenas de helicópteros" do estão envolvidos na busca por sobreviventes.
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) lamentou a tragédia e também anunciou o direcionamento de autoridades para Minas Gerais. O presidente ainda informou que sobrevoará a região atingida na manhã deste sábado (26) acompanhado do governador de Minas, Romeu Zema (Novo), e do ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva. Ainda não está definido se Bolsonaro descerá ao solo na região atingida. A primeira-dama Michelle Bolsonaro também participará da comitiva.
Três anos e meio após Mariana
O caso de Brumadinho acontece três anos e dois meses após o rompimento de uma barragem da Samarco em um distrito de Mariana, também em Minas Gerais. A Vale é uma das controladoras da Samarco. Dezenove pessoas morreram na ocasião e milhares perderam as casas em função do vazamento de 40 bilhões de litros de lama.
Segundo o site da mineradora Vale, a barragem principal que rompeu nesta sexta-feira tinha capacidade de 12,7 milhões de metros cúbicos. Para efeito de comparação, a barragem da Samarco, operada pela Vale com a australiana BHP, tinha 50 milhões de metros cúbicos de rejeitos.
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