Google passará a vetar anúncio político em buscas e YouTube após regra eleitoral do TSE

Publicado em 24/04/2024, às 12h41
Pexels -

Renata Galf/Folhapress

O Google anunciou que atualizará suas políticas para deixar de permitir a veiculação de anúncios políticos no Brasil via Google Ads, o que inclui YouTube, resultados na busca e demais tipos de publicidades contratadas pela ferramenta da empresa.

LEIA TAMBÉM

Em nota, a empresa diz que essa atualização "acontecerá em maio tendo em vista a entrada em vigor das resoluções eleitorais para 2024".

Aprovada no final de fevereiro, a resolução do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), entre outras previsões, tornou obrigatória a existência de bibliotecas de anúncios de conteúdo político eleitoral pelas plataformas. Tal resolução prevê ainda que essa medida é "de cumprimento permanente, inclusive em anos não eleitorais e períodos pré e pós-eleições".

Além disso, também vedou que as empresas que comercializem qualquer tipo de impulsionamento de conteúdo disponibilizem "esse serviço para veiculação de fato notoriamente inverídico ou gravemente descontextualizado que possa atingir a integridade do processo eleitoral".

Neste caso, a resolução diz ainda que, quando esse tipo de conteúdo tiver sido impulsionado "de forma irregular", a Justiça Eleitoral poderá determinar que as plataformas veiculem, "por impulsionamento e sem custos", conteúdo informativo que elucide fato notoriamente inverídico "nos mesmos moldes e alcance da contratação".

"Para as eleições brasileiras deste ano, vamos atualizar nossa política de conteúdo político do Google Ads para não mais permitir a veiculação de anúncios políticos no país. Essa atualização acontecerá em maio tendo em vista a entrada em vigor das resoluções eleitorais para 2024", diz nota do Google.

"Temos o compromisso global de apoiar a integridade das eleições e continuaremos a dialogar com autoridades em relação a este assunto", completa a nota.

Em 2022, o Google incluiu o Brasil entre os países que possuíam relatórios de transparência sobre anúncios políticos em suas plataformas. A empresa seguia seus próprio critérios de classificação, prevendo, por exemplo, apenas a divulgação de candidatos a nível federal inicialmente, e mais tarde incluindo o nível estadual.

Com a nova regra da Justiça Eleitoral, a disponibilização fala em "pessoas detentoras de cargos eletivos, pessoas candidatas" e inclui mais categorias, como "propostas de governo, projetos de lei, exercício do direito ao voto e de outros direitos políticos ou matérias relacionadas ao processo eleitoral".

Gostou? Compartilhe

LEIA MAIS

A sonda espacial que pode fazer história ao chegar mais perto do Sol que qualquer outra Era fake? Whatsapp se pronuncia após rumores de nova atualização com notificação de prints WhatsApp vai mostrar quando alguém tirar print das conversas; entenda Robô virtual aconselha jovem de 17 anos a matar os pais por limite a uso de telas