Golpe de formatura: 'tesoureiro' gasta dinheiro arrecadado e alunos denunciam à polícia

Quinze estudantes do curso de Gastronomia da Faculdade de Tecnologia de Alagoas (FAT) estão perto de realizar um sonho que é compartilhado por muitos brasileiros: a formação por curso superior. Porém, o desejo iminente se tornou um pesadelo nas últimas semanas, praticamente às vésperas da colação de grau e do baile de formatura.

Os alunos foram surpreendidos com um golpe aplicado por um colega do grupo, que era representante de turma e responsável por uma parte do dinheiro arrecadado antes da formatura. Segundo a denúncia, ele teria subtraído o valor de R$ 56.550,29.

“Ele assinou uma carta de confissão, escrita à mão, dizendo que tinha utilizado o dinheiro para bens pessoais. Dessa quantia, só R$ 10 mil foram devolvidos por ele. Não tem intenção de pagar o resto”, disse Thiago Sampaio, um dos estudantes vítima do golpe.

Ainda segundo Thiago, a turma fez um contrato junto a uma empresa que organiza cerimonial e solenidades de formatura. Mensalmente, os estudantes pagavam um boleto com um determinado valor. A outra parte da verba ficava com o tesoureiro. 

"Pagamos a empresa por 30 meses, cerca de 36 mil foi esse custo e já foi quitado com ela. O valor que ele ficou era do arrecadado com eventos, rifas e outras coisas”, afirmou o aluno.

Thiago também contou à reportagem que depois de muita correria, campanhas nas redes sociais e rifas vendidas para ajudar, dos R$ 56 mil devidos à empresa contratada, faltam R$ 23 mil. "O baile de formatura já é no próximo sábado e estamos correndo contra o tempo para realizá-lo", disse.

Um Boletim de Ocorrência foi registrado na Central de Flagrantes I, no bairro Farol, na última sexta-feira (19) e a Polícia Civil deve investigar o caso.

O TNH1 não conseguiu contato com o suspeito e deixa aberto o espaço para a defesa dele.

Perfil em rede social

A turma criou uma perfil no Instagram com o nome "SOS Gastronomia" para pedir ajuda para quitar o débito com a empresa responsável pela formatura. Na rede social, os alunos informaram sobre o golpe e disponibilizaram contas bancárias para doações.