Assessoria
A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, abriu nesta segunda-feira (9) a 4ª Reunião da Iniciativa em Bioeconomia do G20, no Rio de Janeiro, destacando a importância da bioeconomia como uma ferramenta essencial para o desenvolvimento sustentável, especialmente em um contexto de mudanças climáticas e desastres ambientais cada vez mais frequentes.
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Em seu discurso de abertura, a ministra ressaltou a preocupação com as tragédias recentes, como as inundações no Rio Grande do Sul, mencionadas em reunião anterior, e as secas, queimadas e ondas de calor que afetam a região amazônica. “Essas tragédias nos impõem uma responsabilidade ainda maior para adotar formas mais sustentáveis de produção e consumo, que reduzam as emissões de gases de efeito estufa e combatam as mudanças climáticas”, afirmou Luciana Santos.
A Bioeconomia oferece uma alternativa estratégica, com potencial para inovação e transformação estrutural, promovendo a sustentabilidade ambiental, competitividade econômica, inclusão social e coesão territorial. “Ela busca atender aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 e suas metas, viabilizando a sustentabilidade ambiental e a geração de empregos com equidade”, destacou.
Brasil como líder global
Luciana Santos também enfatizou que o Brasil está em uma posição privilegiada para liderar o desenvolvimento de uma Bioeconomia sustentável. Com um setor agropecuário fortalecido e uma das maiores sociobiodiversidades do mundo, o país combina conhecimento tradicional com avanços científicos e tecnológicos, particularmente nas áreas de biocombustíveis e pesquisa agrária.
“O Brasil possui um setor acadêmico de relevância global e uma agropecuária tropical baseada em ciência, tecnologia e inovação, que nos permite ser o segundo maior exportador de alimentos do mundo. Essa combinação de fatores coloca o país na vanguarda da descarbonização da indústria e da transição energética”.
O legado do G20 no Brasil
Em seu discurso, Luciana Santos expressou o desejo de que a Iniciativa em Bioeconomia seja continuada durante a presidência da África do Sul no G20, em 2025. Para ela, a cooperação Norte-Sul e Sul-Sul deve ser fortalecida, com o compartilhamento de tecnologias e o co-desenvolvimento de soluções inovadoras e sustentáveis para os países do Sul Global.
“O nosso objetivo é garantir que os conhecimentos e tecnologias relacionados à bioeconomia estejam acessíveis a todos, permitindo a descarbonização da economia, a resposta a novas pandemias e o combate às mudanças climáticas”, concluiu a ministra, reforçando que a diplomacia científica será essencial para enfrentar os desafios que a humanidade enfrenta.
A 4ª Reunião da Iniciativa em Bioeconomia do G20 segue até o dia 11 no Rio de Janeiro, com discussões focadas na construção de consensos e na formulação de princípios de alto nível para o desenvolvimento de políticas sustentáveis nos países-membros.
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