Dayane Laet
Funcionários dos Correios em Alagoas cruzaram os braços nesta quarta-feira (11), por tempo indeterminado, seguindo os demais estados brasileiros, em protesto pela possível privatização da empresa e por não conseguirem manter o acordo coletivo da categoria. Cerca de 960 funcionários fazem parte da repartição em todo o Estado.
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De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos (Sintect), Alysson Guerreiro, os colaboradores pediram que o Tribunal Superior do Trabalho (TST) mediasse a manutenção do acordo coletivo vigente, mas a empresa se retirou da negociação.
"Não pedimos muito, apenas que fossem mantidos os direitos que já conquistamos como o vale-alimentação e o adicional para os carteiros que fazem as entregas nas ruas", explicou Alysson ao TNH1. "Nosso salário base, bruto, é de R$ 1500, sem nossos benefícios, não temos como manter nossas famílias", acrescentou.
Em nota, a assessoria da empresa afimou que "os Correios participaram de dez encontros na mesa de negociação com os representantes dos trabalhadores, quando foi apresentada a real situação econômica da estatal e propostas para o acordo dentro das condições possíveis, considerando o prejuízo acumulado na ordem de R$ 3 bilhões. Mas as federações, no entanto, expuseram propostas que superam até mesmo o faturamento anual da empresa, algo insustentável para o projeto de reequilíbrio financeiro em curso na empresa. No momento, o principal compromisso da direção dos Correios é conferir à sociedade uma empresa sustentável. Por isso, a estatal conta com os empregados no trabalho de recuperação financeira da empresa e no atendimento à população. Os Correios estão adotando medidas já planejadas para garantir que as agências funcionem regularmente, bem como as atividades de distribuição de cartas e encomendas".
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