Redação TNH1
Funcionários da empresa Veleiro atrasaram a saída dos ônibus da garagem, em Rio Largo, no início da manhã desta quinta-feira (30). Em protesto, eles alegaram demora no pagamento de salários, como também cobraram por outros direitos trabalhistas. Após assembleia, eles decidiram pela greve a partir de segunda-feira (03) e devem reduzir a frota do transporte para 30%.
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De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Alagoas (Sinttro), Hernandes José dos Santos, a empresa não está cumprindo com regras trabalhistas com os funcionários de Rio Largo.
Segundo ele, além dos atrasos no pagamento dos salários e pendências relacionadas ao FGTS, há retardo de cinco meses no pagamento do plano de saúde e o valor da pensão alimentícia seria descontado, porém não repassado aos trabalhadores.
Os manifestantes se concentraram às 4h na garagem da empresa e deram início a assembleia da categoria por volta de 7h. Os funcionários levaram faixas com frases como "Queremos nossos direitos: FGTS, INSS, PIS e salários".
Após a reunião, os rodoviários decidiram pela greve. Os veículos foram liberados para o transporte hoje depois de 7h30.
O Governo do Estado e a Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de Alagoas (Arsal) haviam estipulado, no decreto emergencial, que 50% da frota do transporte intermunicipal poderia operar nas cidades.
A reportagem entrou em contato com a Veleiro, que se manifestou através de nota. A empresa destacou que "todas as discussões mencionadas pelos manifestantes estão sendo abordadas judicialmente". Leia o comunicado abaixo, na íntegra:
"A Veleiro informa que a operação do serviço metropolitano se encontra normalizada e que todas as discussões mencionadas pelos manifestantes estão sendo abordadas judicialmente, o que causa estranheza a paralisação. O serviço de transporte metropolitano ficou parado por vários meses por causa da pandemia e, logo após o primeiro dia de operação, o sindicato resolveu fazer a assembleia.
Também, lamenta pelo ocorrido uma vez que o cenário atual, em razão da pandemia, não é o favorável para as aglomerações e que, inclusive, o próprio órgão público havia se manifestado contra a assembleia nas portas das garagens. No entanto, foi ignorado pelo Sindicato dos Rodoviários.
Ao contrário do que disse o sindicato, os funcionários não aprovaram a assembleia e seus pontos, pois as únicas pessoas que aprovaram a assembleia foram funcionários de outras empresas que fazem parte do sindicato e pessoas que sequer são rodoviários.
Outrossim, o sindicato descumpriu ordem judicial e espera que o Ministério Público Estadual apure os fatos".
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